26.12.08

Hoje show homenagem Milton Nascimento


Acontece hoje o evento Gran Circo, às 19:00, em Três Pontas (MG). O evento, organizado pela ACTA (Associação Cultural de Três Pontas e Adjacências) em parceria com a Secretaria de Cultura da cidade, vai ser lindo. Tem um belssimo e lúdico cenário que remonta aos circos que viajam pelas pequenas cidades, tem tenda de artesanato, comes, bebes. Haverá um estande com o livro "Coração Americano", sobre os 35 anos do disco Clube da Esquina, e ainda apresentação de um grupo lúdico musical de Poços de Caldas, o Rasgacêro. Depois, começam os shows, todos interpretando Milton Nascimento. O primeiro é do Änïmä Minas, depois mais quatro bandas. O Milton estará lá, para receber a homenagem. Enfim, um programão. Vale à pena.

10.12.08

Mais livro


Lembrando que hoje tem lançamento de "Aleijadinho e o Aeroplano", de Guiomar de Gramond, às 20:00, no Sesc Vila Mariana.

E sexta, dia 12/10, tem o lançamento do livro "Brasil - a hitória contada por quem viu", de Jorge Caldeira, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Eu trabalhei na edição de texto do livro, e é bem lega. Conta os principais momentos históricos do país, desde o descobrimento, narrados por quem estava lá.

Vale à pena ir...

8.12.08

Lançamento de livro


Nesta quarta-feira, dia 10 de dezembro, tem o lançamento do Livro "O Aleijadinho e o Aeroplano", de Guiomar de Grammond. O evento faz parte do projeto "Sempre Um Papo", e será às 20:00, com bate-papo, no Sesc da Vila Mariana.

Até lá!

Maria

27.11.08

Programação para a semana



Ótimos programas para os próximos dias. Vamos lá:

Hoje, 27 de novembro, tem o bate-papo com o escritor José Saramago, no Sesc Pinheiros (SP). Infelizmente os convites se esgotaram em poucos minutos. Mas, vale à pena conferir depois pela internet.

Até 6 de dezembro acontece o "Misturinha", nos Jardins, em São Paulo. Uma espécie de bazzar com roupas bem legais e diferentes, só de estilistas jovens. A Carol Martins, (Lu para nosotros...) está presente lá, com sua grife Madalena. Eu sou suspeita para falar, porque adoro as roupas dela. São as únicas que eu tenho vontade de comprar. Outro dia fui contar quantas peças eu tenho da Madalena e eram quase trinta. Tudo bonito, diferente e com bom corte. (Rua Grécia, 473).

Dia 2 de dezembro tem o lançamento do livro "Coração Americano", da designer Andréa Estanislau, em Belo Horizonte. O livro traz uma visão bem aprofundada sobre o disco "Clube da Esquina".

Dia 3 de dezembro outro lançamento, do livro "A cozinheira e o guloso", com receitas da banqueteira Mazzô França e textos saborosíssimos do jornalista Thomaz Souto Corrêa. Li algumas das histórias, são muito legais. Adoro a do bispo, em Roma.... Eu estarei lá, claro.

Por enquanto, é isso... Semana que vem, tem mais sugestão de lançamento de livro e show.

Até!
Maria

24.11.08

Mais literatura

Dia 3 tem lançamento do livro da chef Mazzô, com textos de Thomaz Souto Corrêa. Às 19:00, na Nexpresso da rua Padre João Manoel, nos Jardins, em São Paulo. Cada texto saboroso... Cada receita deliciosa...

Dia 10 de dezembro tem mais lançamento... Do livro de Guiomar de Grammond sobre Aleijadinho. Será às 19:30, com direito à bate-papo, no Sesc da Vila Mariana, pelo projeto Sempre Um Papo.

Será que Aleijadinho existiu mesmo? É ler o livro para saber...

Até!

Maria

Balada Literária

A Balada Literária, organizada por Marcelino Freire, foi um sucesso.
Encheu São Paulo de literatura, e diversão.
Parabéns à produção e que venha a próxima!!!

Para conferir detalhes, clique aqui.

Maria

Darcy Ribeiro, livro e documentário

Lançamento do documentário “Darcy Ribeiro: um vulcão de idéias” e do livro “Darcy Ribeiro: Utopia Brasil”, ambos de Isa Grinspum Ferraz, no Museu AfroBrasil

Parque do Ibirapuera, dia 20 de novembro, às 20 horas


Quem é Darcy Ribeiro?

Educador que lutou pela escola pública de período integral e criou universidades. Antropólogo que estudou a civilização tropical brasileira e defendeu os índios. Escritor de romances. Ministro e senador. Homem de ação apaixonado pelo Brasil e os brasileiros. Pai do “socialismo moreno” e inventor do Sambódromo...

Glauber Rocha chamou-o de “gênio da raça”. Antonio Cândido disse que Darcy foi “uma das grandes inteligências do Brasil de todos os tempos”. Polêmico, amado e perseguido, respeitado e contestado, traduzido no mundo inteiro, Darcy não foi um, foi muitos.


O documentário

O documentário dá uma dimensão da multiplicidade de aspectos presentes na vida e na obra de Darcy Ribeiro – vida e obra que se confundem -, destacando o seu trabalho como educador e o seu importante papel como pensador do Brasil no século XX.

O programa é uma espécie de autobiografia super-ilustrada e vivaz. Polêmica como Darcy era polêmico. A narração é construída com trechos de falas do próprio Darcy - sejam elas registradas por mim em diferentes momentos de sua vida, sejam extraídas de material de arquivo, sejam excertos de livros e textos do autor.

A linguagem é ágil e dinâmica, construída com imagens, fotos e textos em uma espécie de mosaico de idéias e ações; registros em vídeo, áudio e um grande acervo de fotos, entrevistas concedidas por Darcy a inúmeros canais de comunicação; fragmentos de suas obras lidos por personalidades próximas a ele (Oscar Niemeyer, Antonio Candido, Ailton Krenak, Moacyr Werneck de Castro, entre outros).


O livro

O livro reúne cinco textos inéditos, sínteses geniais e apaixonadas que desvendam uma poderosa utopia brasileira. Neles, Darcy Ribeiro dá voz às grandes questões que pautaram sua atividade intelectual: os índios e as peculiaridades da civilização brasileira, educação, política e a “vocação para a alegria” do povo brasileiro. Além de artigos, discursos e uma ficção futurista, “Utopia Brasil” traz ainda uma entrevista reveladora e instigante com Darcy, Glauber Rocha, Mario Pedrosa e Ferreira Gullar após a volta do exílio.

3.11.08

Fórum das Letras

Começa nesta quarta-feira, dia 5 de novembro, o Fórum das Letras, em Ouro Preto. Organizado pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) é um evento literário muito legal, muito mesmo. Eu já participei, em 2006 e ia esse ano. Mas, o ganha pão não é nada fácil e vou ter que ficar em SP para terminar um trabalho.

Mas, vale muito à pena ir. O Fórum terá grandes autores e discussões bem legais, além de atrações culturais.

Para saber mais, clique aqui.

28.10.08

Milton Nascimento nos USA

O Milton Nascimento completou 66 anos no dia 26 de outubro, domingo.
E foi como devia ser: cantando... Em um show com o Jobim Trio, em Newark, Estados Unidos.

Ele recebeu, na noite, o abraço do saxofonista dos Rolling Stones, Tim Ries.

Saiu uma resenha bem legal no World Music Today - Live Review. Clique aqui para conferir.

Até!

Maria

23.10.08

Texto oficina literatura

Estou fazendo uma oficina de literatura, com o Marcelino Freire, no B_arco (Brasil Arte Contemporânea). Foi uma maneira que encontrei de voltar a escrever mais literatura, ficção. Mas, além da ficção, outro dia ele pediu para escrever um relato sobre o bate papo que tivemos com os escritores Lourenço Mutarelli (autor de "O Cheiro do Ralo") e Marcelo Rubens Paiva (autor de "Feliz Ano Velho"). Para mim, pediu um relato breve. Eis o relato:

Lourenço estava sentado de costas para o cômodo quando ouviu os gritos. De dor e desespero do acusado. Das gargalhadas oficiais.

Marcelo havia bebido. Só queria fazer graça para os amigos quando decidiu pular da pedra imitando o Tio Patinhas.

“Hoje você vai ver como se transforma um inocente em culpado”, disse o delegado. Lourenço não retrucou. Não tinha aprendido a questionar o pai.

A profundidade do poço não estava entre as preocupações de Marcelo. O Tio Patinhas sempre saía ileso. Marcelo não era o Tio Patinhas.

Às vezes Lourenço passava dias na cama, até que o corpo se recuperasse dos castigos, dele próprio ou dos irmãos. O pai não batia no menor, porque era menor. Na menina, por ser menina. Restava ele.

O pai de Marcelo não viu o filho na UTI, não tentou afastar-lhe a sombra do suicídio, nem tirá-lo do lugar. Não teve tempo. Morreu quando ele tinha a idade em que Lourenço ainda temia o delegado.

Lourenço nunca precisou de cadeira de rodas. Precisa de comprimidos, isso sim, um gole de uísque e um pouco de solidão. Sofreu a perda do gato preto. Chorou.

A história de Lourenço comoveu Marcelo. Ele também amargou algumas perdas. Dos movimentos, do pai perseguido, da mulher na separação.

Agora estão ali. Marcelo na sua cadeira. Lourenço na do auditório, sem a almofada. Cada um ri a seu modo, e todos riem com eles. Admirados, querem saber das suas vidas, dos seus trabalhos. Todos querem ser, pelo menos por alguns instantes, um pouco do que são os dois - com ou sem prótese nos dentes*.

* Para quem não estava lá: havia um rapaz que fez interferências bem divertidas e que dizia a todo momento: desculpe, eu estou com uma próteses nos dentes...

Maria Dolores

19.10.08

Música: SP e Rio




Hoje e terça-feira tem programação musical em SP e no Rio.


Em São Paulo: Heitor e Hugo Branquinho.


No Rio: Laura Castro interpreta canções de Ângela Maria, celebrando os 80 anos da cantora.



Vale à pena conferir.




3.10.08

Pequenos Milagres


O espetáculo "Pequenos Milagres", do Grupo Galpão, está concorrendo ao Prêmio Contigo! de Teatro. Eu assisti, e é maravilhoso, muito emocionante e divertido. Levamos o nosso filho, de 10 anos, para assistir. Foi a primeira peça "adulta" que ele viu, e foi ótimo, porque ficou totalmente envolvido.


Vou ficar torcendo! Quem quiser votar, basta acessar o site da Contigo!


2.10.08

Novas Bossas nos Estados Unidos

Milton Nascimento e o Jobim Trio apresentam o show Novas Bossas nos Estados Unidos. A turnê coincide com o lançamento do CD Novas Bossas no país.

Quem estiver por lá, vale à pena assistir!

4/10 -Miami
9/10 -Durham
11/10 -New Bedford
17/10 -Chicago
18/10 -Ann Hrabor
22/10 -Alexandria
24/10 -Toronto
26/10 -Newark
29/10 –Los Angeles
30/10 –Sta. Barbara
1/11- San Francisco

Para saber mais, acesso o Site Oficial Milton Nascimento

11.9.08

Especial Nara Leão




Fiz um trabalho bem legal: um livreto sobre a Nara Leão para a série Bossa Nova da revista Bravo! (Ed. Abril). Além da pesquisa em livros, internet e song-books, entrevistei o Roberto Menescal, que foi um grande amigo e parceiro musical da Nara, e a Danuza Leão, irmã dela.


Eu não conhecia muita coisa da Nara antes disso, mas fiquei impressionada, porque ela teve uma vida muito emocionante. Foi uma guerreira, pena que não conseguiu vencer um câncer na cabeça e morreu em 1989. O livreto está encartado na Bravo! de outubro, que pode ser encontrada em todas as bancas do país.
A reportagem, texto e edição são minhas. A arte é da Nicéia Lombardi.

Até!

Maria

2.9.08

Final do Festival Nacional da Canção

Nos dias 6 e 7 (sábado e domingo próximos) tem a semifinal e final do Festival Nacional da Canção, que acontece em Boa Esperança.

Boa sorte à banda Cine Varanda, do trespontano Adriando Lima Kamizaki (Adriano Harde)!!!
A música deles empolgou bastante o público na eliminatória de Três Pontas!

Essa semana começo meu curso de literatura!!!! Estou empolgadíssima!!!!

Até!

Maria

27.8.08

Guia Bravo! - Cidades Históricas



Taí a capa do Guia Bravo! - Cidades Históricas de Minas Gerais...

Muito legal, para quem gosta de viagem e cultura...

Os textos são todos meus. 182 páginas... Ufa!

À venda em todas as bancas do país.

Até!

Maria

25.8.08

Guia Bravo! - Cidades Históricas de Minas Gerais

Já está nas bancas o Guia Bravo! de Cultura - Cidades Históricas de Minas Gerais!!!
Ficou muito legal. Eu fiz toda a reportagem e TODOS os textos... Um trabalho de fôlego, mas que valeu à pena, porque ficou muito bonito e informativo. Vale à pena conferir!

E na próxima edição da revista Bravo! virá encartado o livreto "Nara Leão", da série Bossa Nova. Também fui eu quem fiz o texto. A história da Nara é muito boa. Li uma interessante biografia dela feita pelo Sérgio Cabral, além do livro de memórias da Danuza Leão (Quase Tudo). Ah, também entrevistei a própria Danuza e ainda o Roberto Menescal. A história da Nara Leão daria um belo filme. Ela foi uma guerreira.

Aguardem! Em setembro, nas bancas!

Até!

Maria

18.8.08

Bienal

Começou no dia 14 a 10a Bienal Internacional do Livro de São Paulo (vai até dia 24). Fiquei das duas da tarde lá até às 21:30, e foi muito legal. Fui com meu filho, Daniel. Fizemos uma oficina de confeção de livros (para criança, mas eu fiz junto com ele...), olhamos os estandes de histórias em quadrinhos japonesas, mangás, livros juvenis, lanchamos, ganhamos brindes (ele AMA brindes) e compramos livros. Fiz tudo com o Daniel, com a condição de que, às 19:00, ele assistira comigo a uma palestra sobre literatura e cinema, como o mexicano Guillermo Arriaga e outros autores brasileiros, como o Marcelo Rubens Paiva. Foi muito legal, muito mesm. O Arriaga é um ótimo escritor e autor de roteiros de filmes que eu adorei, como "21 gramas" e "Babel".
Parabéns ao Daniel, que assistiu à palestra em espanhol por duas horas, como um verdadeiro espectador. Depois, compramos um livro do mexicano, com direito à justa dedicatória: "A Daniel e Maria Dolores"...

A Bienal está com uma programação excelente, ale à pena ir até lá.
Confira a agenda clicando aqui.

13.8.08

Lado B em BH


Dança, cinema e música

Hoje começa a temporada da companhia de dança Grupo Corpo em São Paulo. Serão 10 apresentações dos espetáculos 21 e Breu, até 24 de agosto.
No Teatro AlfaRua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro 11/5693-4000De R$ 30 a R$ 90.

E quinta-feira, amanhã, dia 14/08, tem mais um dos Encontros Bravo!, na Fnac de Pinheiros, em SP. Os cineastas João Moreira Salles e Bruno Barreto vão debater o tema "Documentário e Ficção". A entrada é gratuita, às 20:00.

No sábado (16/08), o conterrâneo Heitor Branquinho faz pocket-show na Livraria da Vila, na Alameda Lorena, às 21:00.

Até!
Maria

PS: E parabéns ao Adriano Lima e à banda Cine Varanda pela classificação na etapa de Três Pontas para o Festival Nacional da Canção.

8.8.08

Festival da Canção

Agradecendo às informações do Heitor Branquinho, segue a lista correta de classificados para a etapa de TRês Pontas do Festival Nacional da Canção, antigo Festival de Boa Esperança:

sexta:
1 Pretérito Perfeito Luis Mingau e Paulo Henrique Cine Varanda Três Pontas - MG
2 Rosa da Terra Fred Fonseca e Lais Reis Lais Reis Três Pontas - MG
3 Noturno Amor Mauro Marques Mauro Marques e Rodrigo Três Pontas - MG

sábado:
1 Passo a Passo Gabriel Marques e Paulo Henrique Cine Varanda Três Pontas - MG
2 A Roda Heitor Branquinho Heitor Branquinho Três Pontas - MG
3Cantar Elis Maria Isabel e Gileno Tiso Isabela M, Sandro Viana e Bruno Morais Três Pontas - MG

6.8.08

Eventos para todos os gostos

A semana está agitada. Para quem mora em Sampa, na quinta-feira tem o lançamento do DVD do filme "Fabricando Tom Zé", na Fnac de Pinheiros, às 19:00, com a presença do próprio...

Na sexta e sábado, acontece uma das etapas do Festival da Canção, em Três Pontas. Parabéns aos músicos trespontanos que tiveram músicas classificadas e participarão da etapa. Não sei se estou lembrando de todos, mas vamos lá: Heitor Branquinho, Bruno e Isabela, Clayton Prósperi... Se me esqueci de alguém, me avisem...

E domingo começa o Festival de Cinema de Gramado! Para saber mais sobre os festivais, acesse Maroleiro Festivais

Ah, o Edital Nacional 2008 de patrocínios culturais da Natura, que se encerarria dia 4 de agosto, teve suas inscrições prorrogadas para dia 15. É preciso ter o Pronac para inscrever.

Até!
Maria
Maria

22.7.08

Maroleiro Festivais

Quer saber quais os principais festivais de cultura do país? Agora a Marolo Produções acaba de criar uma revista eletrônica só para isso. Lá vamos dar o calendário dos maiores e mais importantes festivais de cultura do Brasil, das diversas áreas da arte, como música, literatura, dança, teatro, cinema.

Assim, quem curte esse tipo de programa super cultural, pode se programar e escolher onde ir, ver quais os festivais têm mais a ver com o seu perfil, quais oferecem oficinas, programação gratuita, etc.

O blog entrou no ar hoje, mas a estréia do conteúdo é amanhã!
Anote aí: maroleirofestivais.blogspot.com

Até!
Maria

17.7.08

Carta a uma amiga

Ontem recebi um e-mail de uma amiga que está morando em Dublin, capital da Irlanda. Ela mora lá há uns três anos. É formada em rádio e tv, mas está trabalhando com vinhos, e adorando. Mesmo assim, tem alguns conflitos, porque ainda vai demorar para voltar ao Brasil e acha que está adiando o regresso à vida real. Eu não acho isso, e respondi ao seu e-mail tentando consolá-la. Quando percebi, tinha escrito uma crônica, e senti que era tão verdadeira para mim, que decidi publicá-la. Vamos lá:

“Querida amiga,

Estava lendo o seu e-mail e imaginando tudo que contou... Pra mim parece um filme desses, no estilo "Sob o Sol da Toscana", ou um filme francês no qual os amigos vão passar o fim de semana numa casa de campo, para conversar, comer e beber vinho. Tem até um segundo filme, passado 20 anos depois. Só não lembro os nomes agora, mas são dois clássicos.
Sua vida deve estar uma delícia, aproveite... E que chique eu ter uma amiga entendida de vinhos! Essa é a vida real, a vida que a gente vive, um dia depois do outro. O futuro, como se diz, "a Deus pertence"... Aproveite, não fique com essa confusão boba na cabeça. O seu lugar, agora, é aí, onde você está, nessa vida tão charmosa que está vivendo. Vá para a Índia, faça tudo o que quiser. Você não está adiando nada, você apenas está escrevendo a sua história.

Quando você conta o seu dia-a-dia, me dá uma inveja boa, uma vontade de viver isso um pouco, embora eu tenha consciência de que provavelmente não daria conta de ficar mais que um mês. Ah, estive em Lisboa, sim, mas foi muito corrido, por isso não te liguei. Fui em abril. Fui a Sintra, que é do lado, e em uma aldeia chamada Eira Pedrinha, perto de Coimbra, onde nasceu meu tataravô. Peguei o trem e fui lá. Não tem turismo, é um fim de mundo, mas eu queria conhecer. Foi muito legal. Fui sozinha mesmo, porque o Felipe arrumou um trabalho na última hora e não pôde ir.

No mais, estamos aqui, na mesma vida. Eu, tendo uma idéia nova a cada dia, das quais um monte - a maioria - dá errado, mas pelo menos me divirto, e algumas dão certo. O Daniel está quase do meu tamanho, e calçando 40. Olha que ele só tem 10 anos. O Felipe está ótimo, trabalhando de doutor advogado e músico. E os planos de voltar para Três Pontas continuam, para algum dia. Compramos um terreno lá e eu trouxe uma mala de azulejos velhos de Lisboa para enfeitar a parede da casa que ainda não temos, mas vamos construir.

Quero também uma parede de ladrilhos e um vitral. Quero um fogão a lenha, um pé de jabuticaba e um escorregador que sai da janela do segundo andar e cai direto numa piscina. Quero um estúdio para o Felipe e um escritório pra mim, num ponto bem alto, para eu ver o cafezal de um lado e parte da cidade do outro. Quero uma banheira de louça, porque detesto banheira de hidromassagem, e quero um cano para descer do segundo para o primeiro andar, como no Corpo de Bombeiros. Quero uma casa que se pareça com um sobrado por fora, e que seja moderna e arejada por dentro. Quero janelas grandes, portas enormes e paredes grossas, para eu me sentir protegida. Quero a mesa sempre posta, um limoeiro e um pé de marolo.

Meu primo diz que é coisa demais para o tamanho do terreno. Mas garanti que meu padrinho é um super arquiteto e pode fazer isso e muito mais. Como você pode ver, não quero só uma casa, quero um sonho de tijolos. Sei que é difícil, mas não impossível, né? Vou começar erguendo o muro e plantando as árvores. Depois vou aos poucos colocando um tijolo sobre outro, entre um sonho e outro. Enfim, acho que me empolguei no e-mail... Vamos nos falando, sim? Um lindo dia pra você, entre uma garrafa de vinho e outra...

Um beijo grande,
Maria”

11.7.08

INSS, pra frente Brasil...

Hoje fui ao INSS às 7:30. Achei que abria às 7:00, pelo menos esse era o horário de funcionamento da última vez que fui lá, das 7:00 às 14:00. Mas, surpresa, estava fechado e a placa indicava: "Horário de atendimento ao público: das 8:00 às 14:00".

Faltava meia hora e só tinha uma mulher na porta. Resolvi tomar um café. No entanto, antes a mulher me perguntou, com muita educação e gentileza:

- Por favor, o que essa placa quer dizer, o que é atendimento ao público? Eu preciso fazer uma inscrição, será que vou conseguir?
- Vai sim, atendimento ao público quer dizer que esse é horário que qualquer pessoa pode vir aqui e ser atendida, perguntar, esclarecer dúvida, essas coisas.
- Ah, obrigada. Desculpa eu te perguntar, mas li a placa e fiquei com medo de ser outra coisa, eu não estava entendendo.

Fiquei com tanta pena da mulher, que aparentava ser de um nível sócio-econômico razoável, que a convidei para ir tomar o café comigo. "Não, obrigada, vou ficar aqui esperando para ser a primeira". "Quer que eu traga um pão de queijo pra você?". "Não, não, obrigada mesmo, pode ir".

E lá fui eu, pensando na pobre da moça e na sua aflição diante daquela frase indecifrável. Afinal, "atendimento ao público" é realmente difícil de entender. Não estou brincando, estou falando sério. Talvez seja uma coisa ridícula para quem está acostumado com esse vocabulário, com quem lê, nem que seja de vez em quando, uma notícia de jornal ou um livro, uma história em quadrinhos. Mas, para quem não teve estudo suficiente, ou apenas frequentou a escola e nunca mais teve contato com o universo intelectual, "atendimento ao público" pode ser um bicho de sete cabeças.

Fiquei pensando nisso enquanto tomava meu café com leite e comia um queijo quente. Logo veio uma sensação de tristeza e vergonha entre uma mordida e outra. Tristeza pela ignorância tão real daquela mulher, uma mulher tão gentil, com um sorriso e uma educação raros hoje em dia. Vergonha por eu tê-la criticado no meu íntimo, mesmo que por um segundo, como se aquela dificuldade de entendimento fosse algo absurdo. Pois bem, na meia hora seguinte o que vi, sem precisar procurar, é que essa é a realidade da maioria das pessoas, e o pior é que, que tem um pouco mais de instrução, lava as mãos, e eu me incluo aí.

Voltei ao INSS. Cada pessoa pegava a sua senha e ia para as cadeiras, esperar o número da senha e da mesa de atendimento aparecerem no painel luminoso. A dificuldade começava já na fila, para pegar a senha. Uma mulher queria senha para perícia. "Hoje não tem perícia, moça, deve ter tido algum engano". "Mas a dona marcou pra mim, sim". "Deixa eu olhar o seu papel... Aqui, está vendo, é dia 14, segunda-feira". "Ah, é mesmo, desculpa viu, desculpa, eu me enganei". E lá foi a senhorita emobra, depois de ter enfrentando a fila e perdido tempo.

O painel luminoso aponta senha 2, na mesa 4. E lá vai a senhora da senha 4. "Não senhora, olha só no painel, agora é a senha 2, no atendente da mesa 4". Deu o que fazer, mas ela voltou para a cadeira. Não sei se acreditou, mas voltou, conformada. "Desculpe, desculpe", pediu e sentou. Em dez minutos, finalmente o painel chamou: senha 4, na mesa 5. E nada da senhora da senha 4, olhando para o painel e para as pesosas ao redor com o olhar perdido, mais perdida do que nunca. Até que o gentil guarda foi chamá-la e encaminhá-la pessoalmente, braço dado, até a mesa 5. Ela devia ter uns 50 anos.

Na mesa 3, um rapaz, novo, também pede desculpa. No papel está marcado que é para ele voltar para uma nova perícia dia 11 de agosto. E hoje, dia 11 de julho, lá estava ele. Enquanto isso, mais gente chegando, na fila, pedindo a senha, pedindo desculpa, sem saber para onde ir, sem saber o que fazer com o papelzinho amarelo na mão com apenas um número e o painel luminoso com dois números: o da senha e o da mesa de atendimento. Parece uma bobagem imensa mas, para quem mal foi à escola e, quando foi, teve um péssimo ensino, isso é problema dos maiores, um imenso obstáculo. E as pessoas, na sua eterna gentileza de gente humilde, pedem desculpas pela ignorância, quando deviam brigar por ela, quando deviam gritar pelo seu direito de não só viver no mundo, mas pertencer a ele.

É difícil imaginar qual futuro pode ter o país com uma população que não reconhece o significado de uma simples mensagem de atendimento, que não compreende um painel luminoso dos mais básicos e que pede desculpas o tempo todo por não saber. Não é disbribuindo comida ou benefícios em dinheiro que o país vai progredir. A primeira providência, para sair dessa escuridão na qual a maioria dos brasileiros habita, seria investir na educação. Na educação em parceria com a cultura. Porque com conhecimentos e capacidades, cada um pode por si, não é preciso receber esmola do governo, nem pena, nem caridade.

Maria Dolores

5.7.08

A paisagem urbana de Três Pontas não é a mesma

Três Pontas completa 151 anos. E é com uma certa tristeza ou nostalgia que essa data está povoando meus pensamentos. Vou muito à cidade, muito mesmo. Mas, fiquei (quase um recorde) um mês sem ir. Para recuperar o tempo perdido, fomos no último final de semana e fiquei pesarosa ao andar pelas ruas da nossa querida “Trespa”. Primeiro, porque muitos casarões e casas antigas estão sendo demolidos, aos poucos. É um destino infeliz, e complicado. Complicado porque os donos das casas muitas vezes não possuem o dinheiro suficiente para realizar uma restauração no imóvel, que, em alguns casos, está prestes a cair. Ou, ainda, não conhecem os meios para conseguir a difícil colaboração do estado para o processo de restauro, difícil, porém possível. Em outras situações, as pessoas realmente não se importam e preferem ver a casa “velha” no chão e levantar uma “nova”. Isso é uma grande pena, porque a história de Três Pontas vai, pouco a pouco, sendo jogada terra abaixo.

Não bastasse isso, em uma pequena volta de carro percebi que a moda agora nos prédios de pequeno porte e pontos comerciais são as placas de pastilhas revestindo as paredes externas, que não são azulejos, mas também não são ladrilhos. Ficam no meio do caminho. Em quase cada quarteirão comercial há algum estabelecimento reformado ou construído com esse revestimento. Trata-se de um material muito prático, fácil de limpar e com um quê de charme. O problema é que a grande quantidade de locais com o mesmo acabamento tira o charme e torna tudo parecido. Talvez esteja na moda essa placa, ou seja bem em conta. Só que é um tipo de moda que permanece aí, por muito tempo. A tinta, pelo menos, é mais fácil de trocar.

E foi isso o que eu percebi da paisagem urbana da cidade: construções históricas cada vez mais raras, e um boom de paredes brilhantes de pastilhas coloridas. Foi então que tive uma alegria, ao ver um prédio na rua da Vila Vicentina, todo branco. Nada contra as pastilhas, e sim, contra o excesso delas, que dão aos lugares a mesma cara, como se fossem todos uma coisa só. Esse é sempre o risco da moda: a repetição. Mas, gosto é gosto, recursos são recursos, e cada um sabe de si e da sua consciência. Quem sou eu para falar? Sou apenas uma observadora, que ama a cidade, mesmo morando fora, e que sentiu uma dorzinha no peito ao ver a paisagem urbana tomando esse caminho.

Mas, como eu disse, quem sou eu para falar? O telefone da sala da minha casa estragou e, em vez de comprar um aparelho moderno, sem fio, cheio de tecnologia, gastei o dobro do que gastaria em um último modelo comprando um telefone laranja em uma feira de antiguidades, daqueles de discar. Apesar do susto inicial do marido e do filho, todos gostaram do aparelho. E eu me distraio discando nele. Adoro fazer interurbano, só para discar o zero e ver o disco todo rodar, ouvir o barulhinho. É uma terapia - e um exercício de paciência. Portanto, gosto é gosto. Quem sou eu para falar?

(Crônica publicada no Correio Trespontano em 05/07/2008)

Até!
Maria

2.7.08

Hoje começa a Flip

Começa hoje a Festa Literária Internacional de Paraty. Ai que vontade de ir. Mas, enfim, compromissos são compromissos e eu não posso. Quem puder, vale à pena. Entre os autores internacionais que participam da festa, está Inês Pedrosa. Para ler a entrevista que fiz com ela para a revista Bravo! de junho, clique aqui. A Flip acontece de 2 a 6 de julho.

Confira a programação no site da Flip.

E sábado tem festa na Fazenda do Danér, em Três Pontas, com a banda Ark2.

Até!
Maria

1.7.08

Um programa diferente

Acabei de ser informada que domingo que vem, dia 6 de julho, farei um programa totalmente diferente dos que eu tenho costume de fazer. Vou assistir ao jogo "São Paulo x Ipatinga" pela 9 rodada do Campeonato Brasileiro 2008. O programa inusitado (para mim) faz parte de um evento que vou cobrir. Vida de jornalista. Num outro evento, no início do ano, ganhei um autógrafo de uma coelhinha da Playboy. Detalhe: ela autografou na revista com o seu ensaio fotográfico e, verdade, fez a dedicatória em cima do corpo dela, na "poupança" (como diria a minha avó) na foto, claro. Não deu tempo de eu avisar que estava ali só cobrindo o evento. Fui pegar o nome completo dela e ganhei a revista autografada. Ela podia, pelo menos, ter colocado no nome do Felipe. De toda maneira, dei a revista para ele e nem sei se ele achou estranho eu ter ganho o autógrafo... Enfim, trabalho é trabalho. E como eu sempre digo: não posso reclamar, porque eu sempre me divirto. Agora nada de coelinhas, mas sim, futebol. Estou achando bom (melhor que o autógrafo da mocinha, embora ela seja realmente bonita e tenha me parecido simpática). Nunca assisti a um jogo assim, ao vivo. Nunca fui a um estádio. Espero que seja animado, com muitos gols, de preferência do São Paulo, que é o time do Felipe...

Até!

Maria

30.6.08

Site da Marolo enra no ar!!!

O site da Marolo Produções ficou pronto e entrou no ar hoje!!! O projeto gráfico é do Carlos Souza, o Cabeto... Se quiser, pode espiar!! É só clicar nos marolos que eles caem no chão e abrem a seção!!! O endereço é http://www.maroloproducoes.com.br/ ou clique aqui

Boa sorte e boa semana para todos nós!

Maria

28.6.08

MIlton Nascimento na Europa

O nosso querido Milton Nascimento inicia uma série de shows pela Europa, de hoje até dia 6 de agosto. Para conferir a agenda completa, acesse o site oficial Milton Nascimento.

Até!

Maria

27.6.08

Contos curtos

Eu escrevia muito durante a faculdade. Hoje escrevo mais, sem sombra de dúvida. Nunca menos de duas páginas por dia, em espaço simples, times 12. Duas páginas é pouco, porque a média geral são umas 7, às vezes 15. Escrevo tanto que, no fim do dia, não sei como dei conta. Várias matérias, textos, sobre temas diferentes, para públicos diferentes, com linguagens completamente diferentes. Fora os textos que escrevo como se fossem a palavra de outra pessoa. É assim: faço a entrevista, a pessoa diz a mensagem que quer passar para seu público (isso no caso dos jornais corporativos que eu faço) e eu preciso, então, incorporar a pessoa, seu jeito de falar, de pensar e escrever o texto como se fosse ela. Faço isso enquanto estou escrevendo um texto, como agora, para a Piauí, um texto autoral, ou os textos do guia Minas, para a Bravo! Ou seja, um exercício e tanto. Porém, escrevo menos literatura do que gostaria, porque gasto a maior parte do meu tempo escrevendo essas outras coisas, o ganha pão de todo dia e que, aliás, me divertem bastante. Agradeço todos os dias por pertencer ao grupo das pessoas que ganha a vida fazendo o que gosta. Cada dia é uma grande diversão.

Só pena escrever pouca literatura, como eu dizia. Estou tentando retomar esse caminho, vamos ver no que dá. Relendo alguns escritos, encontrei vários contos curtos que escrevi durante a faculdade e vou publicá-los aqui. O texto não é muito apurado, digo que é um tanto quanto simplório, mas era a minha visão e capacidade na época. Hoje tenho mais maturidade, certamente, mas prefiro postar aqui tal como foi feito, sem correções que minha leitura atual me permite fazer. Vamos lá ao primeiro:

Cidadão

João ia atrasado (o atraso ia sempre com ele). Era longe o serviço. Fazia palavras cruzadas ou dormia. O que desse. Dormiu. Sentou na frente. Não importava se podia ou não sentar ali. Primeira curva, primeiro ronco. A bala escorrendo pela boca aberta. Boca grande. Gente entrando mais que saindo. E o ônibus inflando. Um cego, um manco, uma grávida. Outra grávida e uma criança no colo. Um, dois, muitos velhos. Estendidos, equilibrando. Pessoas indo acordar o mundo. E João. Abriu os olhos, era chegada a vez. Levantou o corpão depressa. Esbarrou no velho. Tropeçou na grávida. Derrubou a bengala do cego. Desceu. Abriu outra bala, jogou fora o papel, na calçada. Um verdadeiro cidadão.

Até!

Maria

25.6.08

Hoje tem lançamento de livro

Na Saraiva do Shopping Eldorado, a partir das 19:00, tem o lançamento do livro: "A História da Imprensa no Brasil". O capítulo sobre a história da revista no país tem assinatura do jornalista e vice-presidente do conselho de administração da Abril, Thomaz Souto Corrêa.

Vale à pena!

Até!

Maria

23.6.08

Ponto de Partida em Sampa




O Ponto de Partida é um grupo muito tradicional de Minas Gerais, com uma força teatral muito impressionante, mesclada aos ritmos e à música. A primeira vez que os vi foi em 2002, com o espetáculo " Ser Minas Tão Gerais", com Milton Nascimento e os Meninos de Araçuaí. Muito lindo. Agora eles vem a SP, mais uma vez o Ponto de Partida em parceria com o grupo Meninos de Araçuaí, com o espetáculo "Pra Nhá Terra". Serão duas apresentações, dias 28 e 29 de junho, no teatro Alfa. Amanhã, se ainda tiver convite vou buscar os meus... Ah, e como disse no post anterior, quarta-feira tem o lançamento do livro "A História da Imprensa no Brasil". Dois programas que valem à pena.


Até!

Lançamento de livro

Nesta quarta-feira, dia 25/06, haverá o lançamento do livro "A História da Imprensa no Brasil", organizado por Ana Luiza Martins e Tania Regina de Luca, na livraria Saraiva do Shopping Eldorado (SP). Entre os diversos autores, está Thomaz Souto Corrêa, que escreveu sobre a história da revista no país. Ninguém melhor que ele para falar sobre isso, né?

Um programa que vale à pena, para quem gosta de história, imprensa e bons textos. Além disso, é sempre bom ir em uma livraria, eu adoro, e o Daniel também. O problema é que ele sempre quer comprar muitos livros, e caros...

Vale à pena!

Até!

Maria

19.6.08

Ciso

Aos 18 anos eu cheguei a marcar para arrancar os 4 cisos, mas fiquei grávida e grávidas não podem realizar o procedimento, porque há perda de sangue, etc. Enfim, deixei para lá, até um mês atrás mais ou menos. Uma coisa no fundo direito superior da minha boca começou a me incomodar. Bingo, era o ciso. Aos 30 anos e um ciso amolando... Bem que eu não me engano quando acho que tenho pouco mais que 20... Eu ia arrancar lá em Três Pontas, afinal, ainda faço tudo lá: compro carne, manteiga, queijo, pinto o cabelo (triste sina de quem tem a tendência aos cabelos brancos), vou ao médico, dentista, levo o computador para manutenção, etc. Mas eu só poderia arrancar esse dente no fim de julho. Então, resolvi fazer a cirugria aqui em São Paulo mesmo, com um primo do Felipe que, aliás, é ótimo dentista. Mas, ô luta. Fiquei o primeiro dia cheia de dores. No segundo acordei muito melhor, fui numa festinha de criança e comi pastel, pé de moleque, doces, pizza...
Tudo ia bem, até começar a doer. Só que não era o dente, era a boca, que encheu de aftas, imensas. Me deu vontade de chorar, pensando nos 7 dias que as minhas aftas custam para sarar. Calculei: bom, na sexta devo estar melhor. Hoje é quinta e ainda estou um caco. No entanto, já consegui falar hoje e almoçar (não aguentava mais sopa e mingau). E acho que vou sobreviver. Os outros 3 cisos continuam onde estão, inclusoso e, se depender de mim, vão continuar assim para sempre.

De tudo, alguns pontos positivos: me livrei do ciso que incomodava; até o momento presente acredito que não perdi o meu juízo; tirei uma folga forçada do trabalho; assisti a todas as novelas desde sexta passada, inclusive a minha preferida: Cabocla, no Vale à pena ver de novo... E redescobri o quanto é bom ficar à toa.

Até!
Maria

18.6.08

Romance

Ontem retomei, até que enfim, o meu romance. E sabe que não está tão ruim quanto eu pensava? Imprimi tudo, para ler, corrigir alguma coisa e dar continuidade. Mas corrigi muito pouco. Na verdade, eu gostei do que li. Claro que preciso ajustas, mas acho que a história é muito boa. Quando dou por mim, estou vivendo dentro dela... Espero conseguir tempo para adiantar um pouco mais.

Até!
Maria

16.6.08

Julho é mês de cultura

Para os amantes da cultura, julho é um mês cheio de programação... Quem me dera poder participar de tudo! Vamos lá:

Semana Roseana: Todos os anos Cordisburgo (uma cidadezinha mineira com pouco mais de 8 mil habitantes) abriga a Semana Roseana, dedicada ao seu filho mais ilustre, Guimarães Rosa. O diferente aqui, é que a comunidade possui contadores de histórias liderados pelo Brasinha, que interpretam, contam e conduzem os visitantes pelo universo mágido do escritor. Esse ano, a Semana Roseana comemora os 100 anos de Guimarães Rosa. De 20 a 27 de julho.

Flip: A Festa Literária Internacional de Paraty (RJ) é diferente, porque possui o glamour de um grande evento da literatura (mas a peculiaridade da Semana Roseana não deixa por menos). Evento literário mais badalado do Brasil nos últimos anos, traz escritores internacionais de renome e grandes autores brasileiros. De 2 a 6 de julho.

Festival de Inverno da UFMG: Tradicionalíssimo, o festival - que durante anos aconteceu em Ouro Preto - é realizado em Diamantina. Vale à pena não só pelas oficinas e cursoso como pela programação cultural. Muito bom mesmo... Mês de julho.

Festival de Inverno da UFOP: Depois que o Festival de Inverno da UFMG deixou Ouro Preto, a Universidade Federal de Ouro Preto criou seu próprio festival, para não deixar a tradição morrer. E deu certo. Nos mesmos moldes do antecessor, oferece oficinas e cursos. Mês de julho.

Pena que meu dente ciso arrancado ainda dói... E pena que não posso ir em tudo.
Mas, quem puder, se aventure...

Até!
Maria

12.6.08

Site Marolo e Guia Salvador

O site da Marolo Produções está ficando lindo!!!
Em breve no ar, breve, breve...

E já está na banca o Guia de Cultura de Salvador, da revista Bravo! Foi um trabalho intenso (bota intenso nisso), mas valeu à pena, porque ficou lindo e o conteúdo é excelente. Fiquei morrendo de vontade de voltar a Salvador. O bom de fazer esses guias é que a gente fica conhecendo muita coisa legal. Com o de São Paulo eu descobri uma cidade incrível...

Vale à pena!

Maria

11.6.08

Milton Nascimento no Canecão

Milton Nascimento e o Jobim Trio levam o show Novas Bossas ao Rio de Janeiro Serão três apresentações, nos dias 12, 13 e 14 de junho, no Canecão...

Um ótimo programa!

Maria

6.6.08

Bravo!


A revista Bravo! deste mês traz uma entrevista que fiz com a escritora Inês Pedrosa, em Lisboa. Ela vem ao Brasil para participar da Flip e lançar seu novo romance "A eternidade e o desejo".


Na mesma edição, tem uma matéria muito legal do Thomaz Souto Corrêa sobre o artista plástico Wesley Duke Lee


Vale à pena!


Até!


Maria

Jun Sakamoto


Foi muito legal ontem a noite de lançamento do livro Jun Sakamoto, com texto do Thomaz Souto Corrêa, que está belíssimo, e fotos incríveis. Foi um grande prazer e privilégio poder participar do processo de construção do livro... Vale à pena, para quem gosta de sushi, comida japonesa, arte, estética e, sobretudo, uma boa história.


5.6.08

Livro e show

Hoje tem lançamento do livro do sushiman Jun Sakamoto, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. O texto é de Thomaz Souto Corrêa e as fotos são dos fotógrafos Cristiano Mascaro e Andreas Heiniger. Hoje, às 19:00.

E sexta começa a temporada de shows do novo disco da Ana Carolina. Durante todo o mês de junho, sexta, sábado e domingo.

Até!

Maria

2.6.08

Parsons Dance Company em SP

Amanhã e quarta (dias 3 e 4 de junho) a Parsons Dance Company, do coreógrafo norte-americano David Parsons, apresenta o espetáculo Nascimento Novo, no Teatro Municipal, em SP. Com trilha e grandes sucessos de Milton Nascimento, o ballet ganhou destaque na imprensa, como nessa matéria do Estadão.

Dias 3 e 4, às 21:00.

Até!

31.5.08

Show Milton & Jobim Trio

Ontem fomos ao show do CD Novas Bossas, com Milton Nascimento & Jobim Trio, no Tom Jazz, em São Paulo. Muito lindo, ainda mais quem gosta da Bossa Nova...
Hoje têm mais duas sessões, às 20:00 e às 22:30, e amnhã, domingo (dia 01/06) sessão única, às 19:00.
Amanhã tem também show ao ar livre, e de graça, do Herie Hancock no Parque Villa-Lobos, acho que por volta das 15:00...

Até!!!

Maria

29.5.08

Herbie Hancock

Ontem o pianista e ícone do jazz, Herbie Hancock, fez um show em São Paulo, no HSBC Brasil.
Foi muito legal. A banda é excelente e o contrabaixista é uma coisa do outro mundo. Acho que nunca ouvi e vi um contrabaixista tão bom e que ainda canta muito bem. Depois tivemos o privilégio de conhecer pessoalmente o Herbie, no camarim, com o Milton Nascimento. Eu já havia falado com ele por telefone e, depois, o entrevistado para a biografia do Milton, mas conhecer de perto é outra coisa, embora tenha sido apenas um aperto de mãos.
O Felipe é que adorou o show!!! Domingo tem de novo, de graça, no Parque Villa-Lobos. Vamos?

E amanhã começa a curta série de shows do Milton e do Jobim Trio em SP. Vale à pena, lógico...

Até!
Maria

28.5.08

Milton Nascimento faz shows em SP

Este fim de semana teremos em São Paulo dois shows especiais: o do Milton Nascimento com o Jobim Trio, nos dias 30 e 31 de maio, e 01 de junho, no Tom Jazz (Av. Angélica) e do Herbie Hancock: domingo ao ar livre, e de graça, no Parque Villa-Lobos (o segundo show ainda não sei onde será).

Duas ótimas opções para quem gosta de boa música, de jazz, bossa nova, MPB...

Até!
Maria

21.5.08

Mais shows em Três Pontas

O feriado estará animado em Três Pontas... No sábado, dia 24, tem show da banda Ark2 na Buxarela, a partir das 22:30 (mais ou menos). A banda vai tocar clássicos do rock, blues e mpb, bem no estilo "velhos tempos". Eu vou, claro!

E, mais cedo, tem show de lançamento do segundo disco do Heitor Branquinho no Centro Cultural Milton Nascimento. Também vale à pena conferir.

Êta Três Pontas!
Lá vamos nós (depois que conseguir terminar o guia de Salvador....)

Maria

11.5.08

Show Ark2

Ontem teve show da Ark2 em Três Corações. É uma festa bastante tradicional, de véspera do dia das mães, e há anos a banda toca lá!

E para quem gosta de boa música, com o melhor do rock and roll, mpb e blues, a Ark2 vai fazer um show super legal em Três Pontas, no feriado de Corpus Christi. Depois confirmo a data...

E parabéns ao Cafu, o Jorge Caldeira, que tomou posse na Academia Paulista de Letras, com direito a homenagem do Fernando Henrique Cardoso, e tudo mais. Foi muito legal. Parabéns!!!

Até!
Maria

7.5.08

Bienal de Minas

Começa no dia 15 de maio a Bienal do Livro de Minas, em Belo Horizonte. Estarei na Arena Jovem, na abertura do evento, participando de um bate-bapo com o público e com o escritor Orlando Paes Filho.
E a Bienal vai até dia 25 de maio...

Até!
Maria

28.4.08

Milton Nascimento e Jobim Trio - shows

Terminam dia 30 os primeiros shows do CD Novas Bossas, de Milton Nascimento e o Tobim Trio, na Espanha. Depois, é a vez do Brasil! Confira a agenda:

Belo Horizonte – 23, 24 e 25 de maio (Palácio das Artes).
São Paulo – 29, 30 e 31 de maio (Tom Jazz).
Rio de Janeiro – 12, 13 e 14 de junho (Canecão).

Para saber mais, acesse o site Milton Nascimento.

Até!

Maria

26.4.08

Milton na Europa

E o Bituca caminha... Milton Nascimento e o Jobim Trio estréiam a turnê internacional do CD Novas Bossas na Espanha, com quatro shows até o dia 30. Depois ele segue para Paris, onde vai participar do lançamento do disco gravado com os irmãos Belmondo ano passado. (Para conferir clique aqui, no site oficial do Milton).

No mais, é tão bom estar na terrinha... Acordei hoje cedo, abri a janela e um senhor pediu se podia pegar seis telhas das que estão no terreno ao lado do da minha mãe. E o sol batendo no orvalho, tudo meio prateado... Só os mosquitinhos é que estão chateando. Bom, agora vou trabalhar, depois tem casamento da Dolores, minha amiga!

Até!

Maria

22.4.08

Hoje, lembrei da árvore

Me parece que era uma sexta-feira. Mas bem podia ter sido segunda, quinta. Nem sábado, nem domingo, pois era dia útil, de labuta. O que importa, na verdade, é que era de manhã, antes das oito, provavelmente, horário quase certo da primeira refeição. Sempre faziam o desjejum na mesa redonda da cozinha, de tábuas irregulares, propícias ao desequilíbrio de um copo qualquer. Nesse dia, porém, estavam em uma das pontas da mesa grande da copa. Cheguei pela garagem, para tomar o leite quente com café preto, pão, manteiga e queijo assado. Havia um homem no alto da árvore, outro embaixo, cortando aqui, ali. “O que estão fazendo?”, perguntei. “Estão podando”, respondeu o avô. “Estão cortando a árvore”, retrucou, direta e reta, a avó.

Não lembro se falei alguma coisa, já não sei quantos anos tinha, talvez quatorze, treze... Faz tão pouco tempo e me assusta falhar assim a memória... Tantos segundos passados e o que antes lembrava – ou reinventava - por completo, mostra-se agora em fragmentos. Outro dia me esqueci onde estava e o que fazia... Branco. Tarefas em excesso, pensamentos em demasia... O fato é que, lendo a página de um livro que falava sobre o cheiro do pão, lembrei de imediato do cheiro do café da manhã na casa da avó Norma e do avô Ismael. Um cheiro quente, acompanhado de aconchego, um porto seguro, iluminado, tão claro como devem ser todas as manhãs. Lembrei, especialmente, daquele café, e da árvore. Não sei se disse algo, mas chorei muito. As lágrimas, como de costume, saltaram-me aos olhos, o coração partiu e derramei aquele pranto sincero, gigante, que ocupa cada canto do corpo e nos faz sentir muito além da tristeza, um vazio preenchido gota a gota, um alívio seguinte por ter chorado a dor.

A estrutura da casa estava comprometida, dizia o avô, amparado pela rachadura na parede. Mas, que importa cair a casa? Que importa manter de pé as paredes e a segurança da família? Nada importa quando a árvore se vai, galho a galho, lá do alto, ao som da moto-serra. Eu amei a árvore. Ela cresceu comigo, cresceu mais que eu. Foi um presente da avó de lá para a avó de cá. Nos primeiros anos, e até nos últimos, procurei, insaciável, as fadas entre as folhas pequeninas, e tentei ser uma delas. Subi no telhado para ver se alcançava o topo, passava as horas de ventania e chuva no quartinho para dentro do quarto deles, vendo pela janela a árvore balançar de um lado para o outro e se inclinar, majestosa, sobre a casa, reverenciando a morada e tudo o que havia nela. E então, adeus. Chorei, minha avó chorou ou, pelo menos, pensei tê-la visto chorar, quieta. Meu avô... Não vi lágrimas nos seus olhos, a minha impressão na época foi de seu ar vitorioso, mas sei que essa era a visão da pessoa ofendida, magoada.

Hoje, lembro da despedida da árvore sem mágoa, com saudade... Saudade de todas as manhãs da minha vida que meu avô Ismael preparou o café da manhã para mim, o leite quente, sempre a tempo, o pão fresco, a mesa posta, o queijo cortado milimetricamente exato. Hoje, lembrei da árvore, do meu avô e das pessoas queridas que se vão, das perdas antigas, das perdas recentes, da falta que fará agora a esse mundo outra avó, a avó do Felipe, a avó Carmitinha... Hoje, lembrei da árvore, de uma manhã e um pão, um instante preso no tempo e que caminha com ele, um grama da minha história e dos que fazem parte dela, que se vão, sem nunca irem de verdade. Sim, hoje lembrei da árvore. Amanhã quero lembrar também. Deus permita que eu não perca nunca a memória. Não deve existir pior solidão.

Em memória ao avô Ismael, ao tio Cipriano, à avó Carmitinha e a todos que deixam a saudade no coração...
(Crônica publicada no Correio Trespontano em 12/04/2008)

9.4.08

Notícias de Lisboa
















Vale à pena visitar a cidade só pelos bondes, chamados de "elétricos". Há várias linhas em atividade, e esse ainda é um dos meios de transporte bastante utilizado pelos lisboetas - e pelos turistas, é claro...
E repare na estátua do Fernando Pessoa, como quem toma um café (ou bica, como chamam aqui) justo na cafeteria A Brasileira...
Até!!!
Maria


3.4.08

Milton Nascimento e Paul Simon

Entre os dias 9 e 13 de abril Milton Nascimento se apresenta com Paul Simon, em Nova Iorque... Quem estiver pela Big Aple, vale à pena conferir... E a vida do nosso querido Milton anda agitada!
Também a partir de abril, e até novembro, ele estará em turnê mundial do CD "Novas Bossas", com o Jobim Trio. Entre uma viagem e outra, shows no Brasil. Os próximos serão no fim de maio, em Belo Horizonte. E a Nascimento Música acaba de lança o terceiro disco da cantora mineira Marina Machado, "Tempo Quente".

Para saber mais, acesse o site Milton Nascimento que é muito legal... Tem vários vídeos, fotos, áudios...

Um abraço e até!

Maria

2.4.08

Letras em Lisboa


Semana que vem acontece em Lisboa, Portugal, o primeiro "Letras em Lisboa", uma edição lusitana do Fórum das Letras de Ouro Preto. O evento é um encontro de escritores de países de língua Portuguesa: Brasil, Portugal e África. Vai ser muito legal... Eu vou participar de uma mesa sobre gêneros híbridos, na sexta-feira, dia 11 de abril, no Teatro São Luís...
Para conferir a programação completa, acesse o Letras em Lisboa

E não posso deixar de dizer que minha participação no evento só está sendo possível pelo programa de Difusão e Integração Cultura do Ministério da Cultura... O Minc tem muitas políticas de fomentação cultural, é só ficar sempre de olho no site do Ministério. Para ver o que rola por lá, clique aqui.


Até!
Maria

24.3.08

Travessia em Lisboa

Entre os dias 9 e 13 de abril vou particpar do Letras em Lisboa, uma extensão do Fórum das Letras de Outro Preto na capital portuguesa. Vai ser muito legal. O Felipe foi convidado para tocar no evento, mas o trabalho duro por aqui talvez não permita que ele vá. Enfim, vai ser muito bom... Depois dou mais notícias.

Até!
Maria

17.3.08

Outro Prêmio!!!!

A série de infográficos "As 7 maravilhas do mundo", que ganhou o Prêmio Esso e na qual eu trabalhei, agora ganhou 4 medalhas no 16 Malofiej, o maior prêmio de infografia do mundo. É tipo o Oscar mundial da infografia. E - Oba!!!!!!!! - meu nominho está lá, na lista dos vencedores. A minha equipe, particularmente, ganhou duas medalhas (ambas na categoria Cultura): prata para a série geral e bronze para "Os Jardins Suspensos da Babilônia". Outros vencedores foram o The New York Times, National Geographic, entre outros... Para conferir mais sobre o prêmio, clique aqui.

E mais: o mesmo trabalho (segundo eu soube hoje) é finalista no Prêmio Abril de Jornalismo!!!

Oba! Oba! Oba!

Maria

12.3.08

São Paulo - imperdíveis

Estou fazendo um trabalho muito legal sobre atrações culturais de São Paulo. Durante uma maratona de três semanas fui em quase todos os museus e construções históricas, além de feiras de arte, antiguidade e artesanato, sebos, livrarias, galerias de arte, parques...

Descobri lugares incrívies e imperdíveis.

Uma dica: ir à Pinacoteca do Estado (o acervo é riquíssimo, principalmente pinturas e esculturas), depois tomar um café na cafeteria no térreo da Pinacoteca. Então, passear um pouco pelo Parque da Luz, atravessar a rua e visitar o Museu da Língua Portuguesa, que é fascinante...

O ingresso para cada lugar é 4 reais. Maiores de 60 e menores de 11 anos não pagam. Estudantes pagam meia.

Vale à pena conferir.

Até!
Maria

8.3.08

Edição Especial "Veja 1808"

Chegou nas bancas agorinha a Veja desse sábado, que traz a edição especial "1808".
Eu fiz cinco textos para a revista. Um deles está disponível na internet. Para conferir, clique aqui.

É uma edição muito legal, como se tivesse sido escrita na semana da chegada da família real ao Brasil, em março de 1808. A Veja está de parabéns por fazer um trabalho desses, que é pura e simplesmente um exercício de textos e imagens, para o leitor guardar. Um trabalho bem diferente.

Vale à pena ver...

Até! Maria!

5.3.08

Site do Bebê

Estou fazendo um novo trabalho: matérias para o site da revista Saúde www.bebe.com.br.
É um site bem legal, com um conteúdo bastante completo com tudo o que os pais precisam saber desde a gestação até a criança completar 5 anos de idade. Entre os textos, está no ar uma entrevista que fiz semana passada com a atriz Tânia Kalil que, aliás, é muito simpática. Para conferir, clique aqui.

Até!
Maria Dolores

28.2.08

Paula na Áustria!!!

Minha prima Paula Oliveira e Sousa um dia disse, para a surpresa da família: vou fazer vestibular para dança. Tímida, ninguém sabia muito o que ela queria da vida, ou do que seria capaz. Passou, em todos os que fez. Escolhou fazer a escola do Ballet Bolshoi, em Joinville.

Formou em dezembro passado e começou a maratona de audições para entrar para uma companhia. Detalhe: no Brasil há pouquíssimas companhias e os cargos geralmente são vitalícios, ou seja, só abre audição quando um bailarino sai. Ela fez algumas e uma para uma companhia da Áustria. Veio ficar uns dias aqui em casa, em São Paulo. Eu cruzei os dedos: da-lhe Áustria. E olha que boa notícia: ela acabou de me ligar dizendo que passou. Estou tão feliz! Parabéns Paula!!!

Essa menina vai longe... Êta familhage danada, cheia de artistas...

Até!!
Maria

24.2.08

Notícias

Fevereiro foi corrido, nossa... Digo foi porque já está no finalizinho...
Eventos na Abril, novos trabalhos, projetos, enfim, uma correria só.

Nada que sirva de desculpa pela falta de atualização do blog, mas, enfim.
Comecei um novo trabalho, muito legal, para o qual preciso, até dia 15 de março, visitar os principais museus, livrarias, casas de espetáculo e espaços culturais de São Paulo. Nada mal, heim? Hoje fui na Pinacoteca e levei o Daniel comigo, para var a exposição com os quadros da Tarsila do Amaral. O Abaporu é impressionante, mas gostei mais de dois outros quadros: Vendedor de Frutas e Anjos. Também é muito bom ver a evolução da pintura dela, dos traços, do estilo. O Daniel, que está com 10 anos, também gostou. Hoje vamos ainda no Centro Cultural São Paulo, visitar, conhecer e assistir a um teatro de mímica.

Bom, por enquanto é isso.
Até mais!

Maria

31.1.08

Promoção: Ganhe o livro Travessia

A Marolo Produções completou um aninho de vida no final de 2007.
E quer celebrar seu primeiro ano - de muitas realizações - presenteado seus parceiros, clientes, colaboradores e amigos. Para participar, basta enviar um e-mail para marolo@maroloproducoes.com.br respondendo à pergunta: o que é um marolo?

O prazo para enviar as respostas é até 28 de fevereiro. O sorteio será dia 1 de março.

E o Carnaval já chegou... Bom feriado pra todo mundo....

Até!

Maria

22.1.08

Um pedaço de chão pra sonhar

Domingo, 13 de janeiro de 2008. 21:59. Acabei de ver um filme e tomar uma taça de vinho, um Concha y Toro, chamado Travessia. Comprei duas garrafas, por causa do nome. Uma, guardei para um dia especial. A outra abri ontem, para provar. Ainda não estou com sono, não quero ver televisão, o pequeno está viajando – que falta faz colocá-lo para dormir - e confesso a falta de ânimo para retomar a leitura do primeiro volume de Obras Completas de Jorge Luís Borges, em espanhol. Então, vejo uma luz no céu, por trás das nuvens que refletem o alaranjado da noite paulistana. É uma ponta da lua, como um cristal despontando no alto, sobre a torre esquerda do prédio que fica do outro lado da rua e que o Felipe chama de “Castelo de Graiscow”.

O vento refresca e debruço no parapeito da janela, com o rosto encostado na grade. É irresistível não olhar tantos prédios, tantas luzes dos apartamentos acesas e não ficar pensando no que fazem as pessoas que moram ali. Observando de longe, confirmo para mim mesma que prefiro a luz amarela, convencional. Não gosto das lâmpadas fluorescentes. Podem ser econômicas, mas são muito pouco aconchegantes. Também não gosto de sofás de couro ou daquele tecido que imita veludo cotelê. O primeiro é frio e grudento. O segundo, é insuportável no calor.

Uma moça fala ao telefone no terceiro apartamento da direita, contando de cima para baixo, no prédio cor de goiaba. Os dois duplex da frente estão com as luzes apagadas. Na esquina onde um dia um policial atirou num suspeito, ou bandido, os sinais mudam. Vermelho, verde, laranja. E eu estou aqui, sentindo a brisa desse décimo quarto andar, assistindo a uma cidade que não pára, não dorme, e que escolhi para morar. Vejo esses apartamentos e me pergunto como tantas pessoas conseguem viver umas debaixo das outras? Nós... Pelo menos só temos um andar acima. Há 13 abaixo e isso não me tranqüiliza. Sinto falta de ar, por mais que vente por aqui. Sinto falta de um quintal, um mínimo pedaço de chão que eu possa pisar e ser meu, de mais ninguém.

Se um dia eu puder comprar uma morada - não um lar, porque lares não se compram - mesmo que more em São Paulo e prefira viver num apartamento pela segurança, não vou comprar um. Vou comprar uma casa, se não der, um terreno. Prefiro ter um pedaço de chão vazio, onde eu possa desenhar minha casa imaginária, do que paredes de concreto suspensas e esmagadas pela densidade demográfica. Dividindo o terreno do prédio onde moro pelo número de apartamentos, o que fica para cada um não dá nem para montar um quarto, fazer uma horta, ou tomar um banho de sol. Me conforta pensar num pedaço do planeta que seja meu e que ali possa erguer o que eu quiser, mesmo que sejam apenas sonhos ou ilusões.

Não quero ter dinheiro para comprar ou acumular, não quero ter a casa mais bonita da rua, não me faz falta viajar, não preciso de um sapato para ser feliz ou me sentir bem. Basta estar com a família, ter uma boa história para ler ou ouvir e outra melhor ainda para contar, uma xícara de café preto e uma nova idéia, um projeto, algo que me traga paixão, que me faça sonhar e que mova meus dias. Isso é o que eu preciso para ser feliz, e tenho tido. Entretanto, se um dia tiver a sorte de ter meu próprio canto, que tenha cheiro de chão, que eu possa sentir com meus pés e plantar uma árvore, ou que seja pura e simplesmente um espaço aberto, sem nada mais acima ou abaixo do que o céu, a terra e um pouco de ar.

(Crônica publicada no Correio Trespontano em 19/01/2008)

16.1.08

Travessia nos Estados Unidos

Hoje fiquei sabendo que meu livro "Travessia - a vida de Milton Nascimento" foi comprado pelo Dartmouth College, em Hanover, Estados Unidos, e já está na sua biblioteca. Legal, não???

Até!
Maria

14.1.08

Escreva Três Pontas com o "cutuvelo"

Depois de um mês na tentativa louca de esticar o tempo para dar conta do trabalho na Abril e a produção dos dois shows do Änïmä Minas, tirei a tarde de sábado para descansar. Tinha acabado de pegar no sono quando o telefone tocou. Era meu primo Gabriel, que tem 15 anos. Em uma situação normal eu provavelmente teria dado uma bronca por ele ter me acordado, embora ele não tivesse como saber da minha soneca. Mas quando ele disse o motivo do telefonema, eu logo me animei, e me senti recompensada por tudo.

- Maria, você tem aí o repertório com a lista das músicas que o Milton Nascimento e o Änïmä Minas tocaram ontem?
- Tenho, por quê?
- Eu adorei o show, meus amigos adoraram, e eu quero baixar as músicas na internet. Foram as que eles tocaram no show do Änïmä e mais algumas, né?

No mesmo instante fui lembrando de cabeça uma por uma, porque ele estava ansioso para começar a ouví-las e não queria esperar. Meu sono foi embora e liguei o computador para escrever sobre isso. Fiquei muito feliz e emocionada ao ver meu primo adolescente e toda a sua turma empolgada com as músicas de Milton Nascimento. Não só por ele ser um grande artista da terra e um dos maiores do Brasil e do mundo, mas principalmente porque suas músicas representam o que há de melhor na nossa cultura e história musical. Ver gente tão nova querendo ouvir e cantar a boa música encheu meu coração de alegria e esperança. Isso, mais que tudo, vale qualquer esforço.

Confesso que senti um certo alívio, porque estava preocupada e envergonhada desde o dia que acessei uma comunidade de Três Pontas no Orkut. Eu não tinha Orkut, mas criei um recentemente para divulgar os dois eventos do Änïmä Minas. Ao entrar nessa comunidade, por sinal a mais popular sobre a cidade, perdi o chão. Os tópicos mais acessados eram inacreditáveis. O campeão de acessos e mensagens era “Escreva Três Pontas com o cutuvelo”, isso mesmo, ainda por cima cotovelo escrito errado. Depois vinham os também arrepiantes “Jogo do vai se fudê” e “Jogo da puta que pariu”.

Além de chocada, meu sentimento foi de frustração, pensando no futuro dessa juventude cuja maior preocupação é escrever Três Pontas com o “cutuvelo”. Tudo bem, na pré-adolescência e adolescência (sem falar nos marmanjos) ninguém quer ficar discutindo a vida e assuntos sérios, mas escrever Três Pontas com o cotovelo é demais. Fiquei pensando no papel dos pais em mostrar aos filhos um mundo diferente, onde há espaço tanto para festas de bebida à vontade e música comercial quanto para teatro, música de qualidade, leitura, trabalhos sociais, ambientais. Um mundo em que tudo isso pode conviver e fazer as pessoas felizes e melhores como seres humanos.

Ao receber o telefonema do meu primo, uma luz se acendeu no meu coração, me fez esquecer o cansaço e recuperar o ânimo, já pensando em novos planos para o futuro, a cabeça fervilhando de idéias e vontade de não deixar essa onda de empolgação passar. Ao me pedir a lista de músicas para procurar e escutar, o Gabriel me deu um presente, porque reforçou em mim aquilo em que eu mais acredito: que nada é impossível quando se tem vontade e persistência, que cada pequena ação pode, sim, fazer a diferença, agregar e multiplicar. Se conseguir ao longo da vida dar a minha mínima contribuição para que outros Gabrieis tenham o mesmo interesse que meu primo, tudo terá valido à pena, e valerá.

Maria Dolores

(Crônica publicada no Correio Trespontano, dia 28/12/2007)

8.1.08

Guia Minas Gerais - Guia 4 Rodas

Está nas bancas o Guia Minas Gerais, do Guia Quatro Rodas (Ed. Abril). Ficou lindo e tem quatro matérias minhas: Belo Horizonte pelo Clube da Esquina; Minas de Drummond; Minas de Guimarães Rosa; e Minas de Milton Nascimento, que tem uma linda foto da Igreja de Três Pontas feita por Cíntia Duarte, excelente fotógrafa e ainda mais excelente mãe...

Um abraço e até!
Maria Dolores

4.1.08

Auto de Natal e Show Milton Nascimento

Änïmä Minas e Milton Nascimento se apresentam em Três Pontas
Milton Nascimento emociona o público durante o show histórico na praça da Igreja Matriz

Felipe Duarte - integrante e diretor do Änïmä Minas


Ponto de Partida encena o Auto de Natal

O Auto de Natal, com o grupo Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí, e o show do Milton Nascimento com o Änïmä Minas foram um sucesso. O evento aconteceu no dia 21 de dezembro, em Três Pontas...