26.12.07

Mais show Änïmä Minas











Um espetáculo de sons, cores e emoção

Show de lançamento oficial do Änïmä Minas surpreende e encanta a platéia

Às 22 horas os portões da Pantheon se abriram e as pessoas que já estavam do lado de fora puderam entrar. Enquanto se acomodavam nas suas devidas mesas, olhavam para o palco. Não esperavam encontrar um cenário como aquele. Milhares de triângulos em três tamanhos diferentes dependurados em telas que, formavam a serra de Três Pontas. Abaixo, a mesma cortina de triângulos brancos e prateados nascendo bem perto do chão, como uma explosão de estrelas espalhando pontos luminosos por toda a parte. Montanhas de ferro, cabideiros de lata velha, bolas de meia, bolas de gude, trenzinho de madeira, papagaios, rabiolas e bandeiras. Foi uma boa primeira impressão, e dizem que a primeira impressão é a que fica. Mas, quando os músicos subiram no palco o público teve uma segunda impressão, ainda melhor e surpreendente.

Os 15 integrantes carregavam armações de guarda-chuvas com fitilhos, cacos de espelhos, flores, penas, plumas, botões e barbantes, iluminados apenas por uma lanterna. Cada um se posicionou no seu lugar e dependurou o guarda-chuva. Então, um a um os guarda-chuvas foram subindo, como vaga-lumes compondo um “céu de guarda-chuvas”, na definição de Keller Veiga, criador do cenário. A bateria começou a marcar o compasso, as luzes se acenderam e os acordes e vozes ecoaram “Saudades dos Aviões da Panair” por cada canto da casa de eventos. Na hora e meia que se seguiu, os “meninos” do Änïmä Minas deram um verdadeiro espetáculo, contagiando o público, com uma qualidade musical que mexeu com a emoção das pessoas. Durante o show, ouvia-se por aqui e por ali “O que é isso?”, “Que coisa maravilhosa”, “Nunca vi um show assim em Três Pontas”.

Na platéia, um convidado especial, Milton Nascimento, o homenageado da noite, aplaudindo cada música, marcando o ritmo com a mão. Os músicos surpreenderam a todos, Felipe Duarte (que divide a direção musical com Marco Elizeo e que cuidou de toda a produção da banda), Marco Elizeo (que também fez os arranjos e adaptações de arranjos), Ismael Júnior, Fernando Marchetti, Dayvid Castro, Clayton Prosperi, João Victor, Ademir Xavier, Paulo Fransico, Heitor Branquinho, Hugo Branquinho, Paulo Loures, Bruno de Moraes, André Duarte e Adriano Kamizaki.

Violões, guitarras, contra-baixo, pianos, flauta, percussão, bateria e 10 vozes apresentaram grandes sucessos compostos por Milton ou interpretados por ele em seus discos, do início da carreira até o último, Pietá. “Paula e Bebeto”, “Cravo e Canela”, “Para Lennon e McCartney”, “Änïmä”, “Comunhão”, “Raça”, “Quem sabe isso quer dizer amor”, “Outro Lugar”, “San Vicente”, “Beco do Mota/ Vera Cruz”, “Paciência”, “Milagre dos Peixes”, um belíssimo arranjo a capela (apenas vozes acompanhadas por violão) de “Coração Civil / Paixão e Fé / Maria Solidária” e, para encerrar, “Nos Bailes da Vida”, que traduz não só a realidade de cada um dos músicos do Änïmä como dos primeiros anos de estrada do homenageado Bituca, cantando aonde o povo está, “nos bailes da vida ou num bar em troca de pão, que muita gente boa pos o pé na profissão de tocar um instrumento e de cantar...”

Aplausos, assobios, e o público pediu o tradicional bis. Foi então que todos se levantaram das suas cadeiras e cantaram com a banda “Maria Maria”, batendo palmas, dançando, pulando. E foi assim que terminou o primeiro de lançamento oficial do grupo trespontano Änïmä Minas. Agora, é hora de colocar o pé nessa estrada e continuar a caminhar, e cantar.

(Matéria publicada no Correio Trespontano em 21/12/2007)


17.12.07

Show Änïmä Minas



Esse é só um gostinho do que foi o show... Depois eu conto mais...

Até!

Maria

5.12.07

Ganhamos o Prêmio Esso!!!

Ontem foi a cerimônia de entrega do Prêmio Esso de Jornalismo e, tchan tchan tchan, ganhamos! A série de infográficos "As 7 Maravilhas" da revista Aventuras na História (da Abril) foi a vencedora da categoria criação gráfica e eu faço parte da equipe que trabalhou na série.

Estou muito orgulhosa e vou guardar meu diplominha com carinho!!! Não é nada mau ter um Prêmio Esso...

Para conferir a lista de todos os vencedores, clique aqui

Até!

Maria

30.11.07

Entrevista revista Bravo!

Já está nas bancas a revista Bravo! de dezembro. Na página 80 tem uma entrevista que fiz com o Milton Nascimento, que também está disponível online. Clique aqui para ler.

O os preparativos para o show "Canto a Canto: Änïmä Minas interpreta Milton Nascimento" seguem a mil por hora... Dia 15, em Três Pontas. Vai ser um espetáculo memorável.

Até,

Maria

26.11.07

Show Änïmä Minas

O grupo Änïmä Minas faz show de lançamento do seu primeiro espetáculo: Canto a Canto - Änïmä Minas interpreta Milton Nascimento.

A estréia será dia 15 de dezembro, às 22:00 na Pantheon, em Três Pontas.
Ingressos a R$ 60,00, com bebida e bufê incluídos.
Reserva de mesas na Flora Amor Perfeito (35 - 3265-3471)

Vai ser um show maravilhoso, para quem gosta de boa música e muita energia boa.

Ah, e em três horas desde o iníco das vendas já foram compradas 22 mesas. Então, quem quiser, é melhor correr.

Até!

Maria

21.11.07

Crônica

Alô, de onde fala? Com quem quer falar?

- Alô
- Boa noite, eu tenho que entregar uma pizza, qual o endereço aí?
- Avenida Osvaldo Cruz.
- Osvaldo Cruz?
- É, José Lagoa... (era Osvaldo Cruz, virou José Lagoa depois do asfalto, tem gente que ainda não guardou isso. Mas, um entregador de pizza deveria saber, enfim...)
- José Lagoa? – diz a voz, com tom de quem não faz a menor idéia de onde fica isso, nem a Osvaldo Cruz.
- Uai, você vai entregar uma pizza e não sabe onde fica a Osvaldo Cruz? (numa cidade pequena como Três Pontas, todo mundo sabe o nome da maior avenida).
- É que pediram uma pizza e deram esse número... Aí é da residência de quem? – pergunta a voz educada de um homem que parece ter entre 40 e 50 anos.
- Na residência de quem você queria falar? – pergunto.
- Não, desculpe, deve estar errado. – já querendo encerrar a ligação.
- Afinal, quem pediu essa pizza?
A voz hesita, e então responde:
- Luiz Antônio.
- Ah, não é aqui não.
- Desculpe, foi engano.

Esse foi o diálogo que tive no sábado à noite, às 22:41, na casa da minha mãe, com um estranho. Eu estava terminando um texto para entregar na segunda-feira, entretida, concentrada. O telefone tocou, atendi e respondi à primeira pergunta sem pensar. Por sorte, antes de dar o número, nome completo, CPF, pai, mãe, marido e filho, achei estranho um entregador de pizza reagir com tamanha surpresa ao nome Avenida Osvaldo Cruz. Isso, antes de raciocinar que ninguém deixa só um número de telefone quando faz um pedido de entrega, deixa o endereço, lógico, porque, pelo menos que eu saiba, ainda não se entregam pizzas por tele-transportação via fio de telefone.

Das duas uma: ou quem pediu a pizza é louco e deixa só o telefone, ou quem anotou o pedido é mais louco ainda por não marcar o endereço. Pode ser, essas coisas acontecem. Mas pode ser também alguém ligando em um número qualquer, como quem não quer nada, com perguntas aparentemente inofensivas, buscando informações para depois usar de má fé. É assim que os bandidos conseguem aplicar o golpe do falso seqüestro e tantos outros.

Discam números aleatórios e conseguem um mínimo de informação com as quais fingem saber o suficiente sobre a família para simular um seqüestro. Basta o nome do filho, o endereço da casa e lábia para pegar um pai de surpresa e dizer: estou com seu filho, sei onde você mora, não desliga senão mato ele, e deposita tanto em tal conta... ou compra não sei quantos créditos de telefone e me passa os números... O pai, desesperado, faz o que é pedido em dois tempos. A ligação acaba, descobre-se que não passou de um golpe, e o sujeito do outro lado da linha continua seus telefonemas e suas vítimas.

Talvez seja neurose de quem por natureza é mais medrosa, como eu, ou de quem sai do interior e vai morar em São Paulo. Mas, uma coisa é certa: ninguém liga sem saber onde ou para quem está ligando, então, se a pessoa pergunta: da onde está falando? Responda: com quem quer falar? Mesmo quando a voz diz “recebi uma ligação desse número no meu celular” não vá respondendo a um relatório completo sobre você, nem dando seu nome. Se realmente foi você quem ligou atrás da pessoa, vai saber na hora. Senão souber, diga: desculpe, não sei o que pode ter acontecido, qualquer coisa, entro em contato.

Mas nunca, em hipótese nenhuma, ofereça sua vida de bandeja em um telefonema. É só ter sempre em mente que, se alguém quer falar com você, essa pessoa sabe quem você é e não precisa ficar pedindo nome, endereço, etc. E se alguém quer atualizar um cadastro seja lá do que for, você não precisa ir contanto tudo. Espere a voz ler as informações, daí você resolve se confirma ou não. Pode parecer bobagem, mas muita gente já passou apuro por causa disso. Menos uma tia avó minha, que mora em Santos. Ligaram para ela dizendo que estavam com seu neto. Ela, farta dos trotes ao longo da vida, respondeu: “Faça-me um favor, não me chateie”, e colocou o telefone no gancho.

Crônica publicada no Correio Trespontano em 17/11/2007

8.11.07

Prêmio Esso de Jornalismo

Hoje tive uma notícia que me deixou muito feliz. Uma série de infográficos (matérias com ilustração) que fiz, junto com uma equipe, claro, para a revista "Aventuras Na História", da Editora Abril é finalista do Prêmio Esso de Jornalismo, categoria Criação Gráfica em Revista.

Eu não esperava por isso. Fiquei muito feliz.
Para conferir a lista de finalistas, é só clicar aqui.

Oba! Oba! Oba! Parabéns a toda a equipe:

Bernardo Borges, Cláudia de Castro Lima, Débora Bianchi, Fabio Otubo, Luiz Iria, Maria Carolina Cristianini, Maria Dolores Duarte e Sattu.

Até!
Maria

7.11.07

Show de lançamento do Änïmä Minas

Depois de uma trajetória de sucesso que começou com um convite de Milton Nascimento, o grupo trespontano Änïmä Minas estréia o espetáculo oficial de lançamento do grupo, no dia 15 de dezembro, na Pantheon, em Três Pontas. No show "Änïmä Minas toca Milton Nascimento" o grupo homenageia o conterrâneo que foi o ponto de partida da formação do conjunto e revisita sua obra.

Vale à pena conferir.

Até!

Maria Dolores

29.10.07

Desaparecidos

Fernanda Ribeiro dos Santos
Idade atual: 24 anos
Desapareceu em 02/02/1999
Santos – SP, com 15 anos

Ana Karoline Mascarenhas
Idade atual: 12 anos
Desapareceu em 10/02/2000
Vitória – ES, com 8 anos

Daniele Brito Nunes
Idade atual: 23 anos
Desapareceu em 19/01/2000
São Paulo – SP, com 17 anos

Matheus Campos Souza
Idade atual: 5 anos
Desapareceu em 02/03/2004
Maceió – AL, com 3 anos

Minha bolsa estava uma bagunça, depois de quatro viagens seguidas e centenas de vezes aberta e fechada. O escritório também estava intransitável, então, mais por sobrevivência que por gosto reservei a tarde para arrumá-los. Quase toda papelada dentro da bolsa vermelha foi para o lixo, recibos, panfletos, anotações ultrapassadas. Mas houve quatro pequenos pedaços de papéis que não tive coragem de atirar fora. Pensei, cheguei a descartar um, mas o recuperei a tempo e deixei os quatro na minha mesa, sem saber o que fazer. Sentindo uma culpa enorme porque me vi ao ponto de não dar a mínima e seguir como se nada tivesse acontecido, como provavelmente segue a grande maioria dos milhares de motoristas que passam todos os dias pelos pedágios da rodovia.

E mesmo continuando a achar que não posso fazer nada, só o fato de manter os quatro papéis comigo por um tempo a mais que alguns segundos me faz sentir melhor, como se isso pudesse ajudar a encontrá-los. São quatro recibos de pedágio da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. No verso do valor pago, a esperança de uma família: a foto e os dados do ente querido, com a data e o local em que desapareceu e nunca mais voltou. Fernanda, Ana Karoline, Daniele, Matheus... E os outros que devo ter perdido dentro do carro, dentro da minha própria desatenção entre tantas idas e vindas nesse chão de asfalto.

Olhei com cuidado para as fotografias e tentei decorar cada rosto, para o caso de cruzar com algum deles no caminho, e devolvê-los à vida que lhes foi roubada. Mas as pessoas são tão iguais, que é preciso talento e vocação para distinguir uma entre milhões. Mesmo os conhecidos tenho dificuldade de identificar. Várias vezes, quando ajudava minha mãe a separar fotos de debutantes, eu a enlouquecia quando de 16 meninas havia apenas 14 montinhos de fotografias. Juntava duas ou até três num mesmo montinho e continuo achando que minha mãe se enganou nas contas, porque algumas não podiam ser duas. O fato é que distinguir alguém pelos traços pode ser uma tarefa um quanto complicada. Só conhecendo mesmo a pessoa é que dá para saber quem é quem nesse mundo de Deus.

Por isso sei que será quase irreal reconhecer os desaparecidos das fotos na rua, mas mesmo assim não posso descartar os papéis sem prestar atenção, sem, pelo menos, rezar por eles e suas famílias. Quanto estive na Colômbia, que enfrenta há décadas um problema grave de seqüestros por parte do narcotráfico, ouvi a seguinte frase: Ä família que tem um parente seqüestrado está ela também seqüestrada”. E dói saber que na maioria das vezes não se consegue fazer nada, a não ser continuar a existência com um fio de esperança e uma montanha de dúvidas. Fernanda, Ana Karoline, Daniele, Matheus... Orai por eles. Amém.

(Crônica publicada no Correio Trespontano em 27/10/2007)

26.10.07

Site oficial Milton Nascimento entra no ar...

Hoje Milton Nascimento completa 65 anos, essa semana completaram-se também 40 anos desde que ele ficou conhecido com "Travessia", no II Festival Internacional da Canção.
E agora há pouco acabou de entrar no ar o site oficial do Milton: http://www.miltonnascimento.com.br/

Eu, depois de ter trabalhando tanto tempo na sua biografia, não podia deixar de passar essa notícia adiante, porque é mais um material sobre a vida e obra desse cantor e compositor brasileiro que ajudou a construir uma importante página da cultura do Brasil.
É um site com muito material de arquivo, como trechos de vídeos dele no início da carreira, e com vários parceiros, entre eles Elis Regina. Tem um vídeo muito legal do Milton cantando em dueto com Paul Simon, em Português, a música "Vendedor de Sonhos" (seção Vida - ano 1993), e muito mais.

E várias outras seções bem legais, como a Rádio Bituca, com uma seleção de músicas feita pelo Milton e que ele mesmo apresenta, lembrando seus tempos de locutor na adolescência...

Vale à pena conferir...

Até mais,

Maria Dolores

15.10.07

Esquina Piauí - Site Milton Nascimento

Sumi um pouco... Correria, pra variar. E, finalmente, depois de 5 anos viajando quase todo mês para o Rio a trabalho, fui passear!!!! Foi uma aventura, cheia de diversão, crianças e histórias...
Mas, enfim, este mês saiu a edição de aniversário da Piauí, e tenho um texto nela, na seção Esquina, com o estranho título "Quem ronca mais alto adormece primeiro...".

E sábado os Flaustias da Pro-Arte, no Rio de Janeiro, apresentaram um espetáculo com repertório de Milton Nascimento. Parabéns ao grupo!

Uma boa notícia para os fãs do Milton Nascimento e da música brasileira. No dia 26 de outubro, dia do aniversário do cantor e compositor, entra no ar o site oficial Milton Nascimento, que tem um enorme banco de dados, material de arquivo, discografia, e seções interessantíssimas, entre elas uma rádio, na qual o Milton é o locutor. Vamos aguardar!

Um abraço e até!
Maria

2.10.07

Maroladas

Estou lendo "Inês de minha alma", de Isabel Allende. Sou suspeita para falar, porque gosto muito das sagas latino-americanas, mas o livro é muito bom, a história flui, rápida, interessante, saborosa, apesar das cenas de horror da conquista da América do Sul e Central.

Terça-feira, dia 9 de outubro, tem lançamento do livro "Edo Rocha Espaços Corporativos", pela editora Bei, no MAM, em São Paulo. Eu tive uma pequena participação, entrevistando o Edo Rocha sobre alguns de seus projetos. Além de uma pessoa agradabilíssima, o Edo é um dos pioneiros na arquitetura corporativista de conforto e redução de custos como técnicas que aproveitam luz natural, água da chuva, etc. Também é artista plástico. Quem puder, vale à pena conferir o livro, que tem belas fotos.

Até,

Maria

30.9.07

Travessia Santista

O bate-papo sobre meu livro "Travessia - a vida de Milton Nascimento" em Santos foi ótimo. Adorei. O evento foi promovido pela Revista Ao Vivo e pela Realevo Livros, onde tudo aconteceu. A livraria é muito legal. Pequena, mas muito aconchegante, com livros muito bons, variados e com aquela cara de livraria novaiorquina... Tem um pequeno café e, no andar superior, um espaço onde acontecem os bate-papos. A conversa foi muito boa, o público era ótimo, participativo e interessado. Depois, música ao vivo na calçada, na porta da livraria, com Jorge Lampa, que teve como parceiro inusitado o Felipe Duarte. Foi muito bontia a apresentação, bem aplaudida. Eles sempre promovem eventos desse tipo. Uma iniciativa que faz falta. Estão todos de parabéns!

Até!

Maria

27.9.07

Será que o Milton Nascimento matou a Thaís?

Eu não tenho assistido a nenhuma novela. Na verdade, desde que me mudei para São Paulo, há quase dois anos, vejo só filmes na TV à cabo e episódios para lá de repetidos de Friends e Law and Order - Special Victim Unit, dois seriados que me distraem... Um de bobeira, e outro policial, com detetives que desvendam o crime a partir de pistas inacreditáveis. Não me acrescentam nada, mas me relaxam... Afinal, a TV não deixa de ser um ópio...

Enfim, ontem, conversando com o Bituca - vulgo Milton Nascimento, fiquei sabendo que ele estará no último capítulo da nova das 8, ou das 9?? Paraíso Tropical... E eu perguntei: o que você fez? Ele não respondeu... Segredo... Será que foi ele quem matou a Thaís? Acho que não, mas, enfim, fim de novela é sempre uma caixinha de surpresa...

Até!

Maria

26.9.07

Parabéns Di!!!

Hoje é aniversário do Di... Parabéns, e que você comemore bastante aí nos "states" com minha mãe e seus pais...

Um beijo enorme,

Maria, Felipe e Daniel

25.9.07

Travessia em Santos

Sexta-feira, dia 28 de setembro, participarei de um bate-papo sobre meu livro "Travessia - a vida de Milton Nascimento" na livraria Realejo, em Santos (SP). Quem puder ir, vai ser bem legal. Depois haverá uma apresentação de músicas de Milton Nascimento por artistas da região.

Um abraço e até!
Maria

15.9.07

Esse barulho é tiro, deita no chão e espera

- Quer parar por hoje? – pergunto

- Acho que sim. – responde o entrevistado, e escuto o clique indicando que a gravação daquele dia acabou ali.

Vou parar também. Faltam três minutos para as dez da noite. Estou terminando a transcrição de uma entrevista e, por mais divertida que tenha sido, a essa altura do campeonato estou cansada, pensando que preciso colocar meu filho para dormir, pensando no quanto falta para o fim da fita. Teria que entregar a transcrição hoje, mas não vou conseguir. Ou vou? A mesa com o computador fica encostada na janela, por onde entra a luz do dia e, agora, o ar fresco da noite conduzido pelo brilho das luzes de São Paulo. Nenhum editor de revisa vai passar a madrugada lendo trabalhos que não serão impressos no dia seguinte... Melhor ir deitar. E então, escuto um barulho alto, forte.

Parece a explosão do cano de descarga amplificada. Mas não é, e eu sei, embora demore uns 15 segundos para assimilar. Até ouvir o segundo tiro. Um grito, outro grito. 5 segundos, mais tiros. Corro para o quarto onde está meu filho, deitado na cama, vendo TV. Deito com ele, o abraço. Um, dois, três, quatro, cinco tiros seguidos e, de repente, me vejo falando ao pequeno algo que nunca sonhei em dizer, uma regra fundamental para a sobrevivência:

- Tá ouvindo esse barulho? É tiro. Quando você escutar isso deita no chão e espera passar.

Moro no décimo quarto andar de um prédio que não tem prédios dos lados e dá, por um momento, a sensação de liberdade, mesmo com as grades nas janelas. Nos poucos mais de trinta segundos entre o primeiro e o último tiros eu quis ter prédios vizinhos, prédios de concreto, com muitas paredes, portas e obstáculos. Obstáculos que pudessem cercar o espaço livre entre a esquina da rua de baixo, onde aconteceu o tiroteio, e as minhas janelas. Décimo quarto andar é alto, mas não sei quanto uma bala é capaz de percorrer. Uma, duas, três, quatro, cinco. Felipe estava tocando piano na sala, em frente à maior janela. Entre as notas musicais, os tiros cortando o compasso. A curiosidade foi grande, mas também saiu do campo aberto, foi para o quarto.

Trinta segundos, quarenta, um minuto. Um instante e a vida pode escapar. O que se faz em um minuto quando não se tem a certeza, de repente, de que aquele não será o último? É a terceira vez que sinto essa dúvida, o coração disparar porque a vida é mais frágil do que supunha. A primeira vez foi num acidente de carro, há quase dez anos. Deve ter durado menos de dez segundos, tudo tão rápido, tão forte, a derrapagem, o barranco, o carro virando de cabeça para baixo como num brinquedo de parque de diversão. Outro dia, no metrô, uma perseguição policial como nos filmes de ação americanos, e o bandido entrou no meu vagão, com o revolver em punho. Ninguém se moveu, fiquei quieta, olhando para baixo. Um homem, uma arma na mão. Nunca se sabe. Mais uma vez a dúvida, ou melhor, a percepção da incerteza, de que talvez a história termine ali.

Eu sempre pensei que a vida passasse como um filme, um trailer, nos últimos segundos de uma existência. Por bem não foram meus últimos, pois estou aqui, mas poderiam ter sido e eu teria frustrado meu instante derradeiro porque minha vida não passou como um filme. Não lembrei das pessoas queridas, não senti um aperto no peito, só uma pergunta, no ar: E agora? Agora, seja o que Deus quiser – era a resposta... E no mesmo instante, sem perceber, acompanhando a incerteza, a ansiedade e o medo, uma sensação de paz. Paz por não ter no coração nenhum pesar de não ter feito algo que deveria, de não ter pedido desculpas, não ter perdoado ou não ter pedido encarecidamente perdão. Foi então que eu pensei que a maior conquista da vida é passar por ela desfazendo os nós que se atam dia após dia. Pensei nos pais que brigam com seus filhos, nos filhos que se esquecem dos pais, nos irmãos que deixam de se falar, nos melhores amigos que rompem numa mesa de bar, na palavra dita na hora da raiva e cultivada pelo resto dos dias, em tudo o que se falou sem ser preciso, em tudo o que ficou sem ser dito e, por fim, em como a rotina e a comodidade aumentam ainda mais os nós e a distância entre pessoas queridas que se perdem, pensando, talvez, em colocar tudo em pratos limpos amanhã, quem sabe.

E, então, uma pista molhada, um carro girando, um tiro, dois, três. Dez segundos e lá se foram todas as oportunidades de dar o último abraço, de pegar o telefone e dizer que sente muito, olá, como vai, quando tempo? De entrar em um ônibus, seguir estrada e saltar numa rodoviária estranha, num lugar estranho, só para dizer, apesar de tudo, amo você, ou simplesmente atravessar a rua, bater na porta de onde jurou nunca mais entrar, e oferecer a mão. Deixar o coração tranqüilo, porque nunca se sabe o que pode acontecer nos próximos segundos.

Quando o tiroteio terminou, fomos para a sala. Da janela dava para ver a esquina, a polícia, a movimentação. Em frente ao portão cinza, um homem estendido no chão, a morte proclamada por cinco tiros e alguns segundos. Pobre coitado, por pior que tenha sido - ou não. Expliquei mais uma vez ao meu filho a regra sobre o barulho de tiro. “Quando ouvir, deita no chão e espera”, disse. E espero eu que ele tenha aprendido. Espero, mais ainda, que desate os nós que venham a surgir ao longo da sua vida, para ter o coração sempre tranqüilo, em paz, tão tranqüilo como é agora, enquanto olha a cena da tragédia pela janela desse décimo quarto andar.

Crônica publicada no Correio Trespontano em 15/09/2007

13.9.07

Sobre Travessia a Música

Li um texto sobre meu livro que me deixou emocionada. Fico muito feliz quando vejo que o que escrevi tocou alguém. Essa é a maior recompensa...

Quem quiser ler, é só clicar aqui

Outra coisa que me deixou muito feliz. O Felipe fez uma prova muito difícil e foi chamado para o curso de piano popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim, em São Paulo. A escola é do estado, e é associada à Orquestra Sinfônica e à Jazz Sinfônica. Legal, não? Parabéns Felipe, e muito ânimo para enfrentar os 5 anos de curso...

Até!
Maria

5.9.07

Sumiço e novidades

Estive muito ocupada, com muito trabalho... E passo aqui só para dizer um olá, e falar que dia 28 de setembro estarei em Santos, para um bate-papo sobre meu livro "Travessia - a vida de Milton Nascimento", na livraria Realejo. Depois dou os detalhes. Sábado o Felipe estará com sua banda Ark2 na Buxarela, em Três Pontas.

E, por enquanto, é isso...

Um abraço e até,

Maria

23.8.07

Entrevista na Rádio Bandeirantes

Olá! Dei uma entrevista para a Rádio Bandeirantes sobre o meu livro "Travessia - a vida de Milton Nascimento". A entrevista vai ao ar no Hora do Café, às 9:15 desse sábado, dia 25 de agosto. Dá para ouvir ao vivo pela internet no http://radiobandeirantes.terra.com.br/

Até!

Maria

18.8.07

Pequenos Milagres

O Grupo Galpão encerra semana que vem a temporada do espetáculo "Pequenos Milagres", em São Paulo, no Teatro Anchieta (Sesc Consolação). Fomos assistir à apresentação na última quinta-feira, dia 16 de agosto. Nossa, muito lindo, emocionante mesmo, e engraçado. O cenário é maravilhoso e muito inteligente. Mexe com o nosso imaginário e nos faz pensar. Eu e o Felipe fomos e levamos nosso filho Daniel, que tem 9 anos. Não é uma peça infantil e, além dele, criança, só havia uma menina de uns 5 anos. Mas eu sabia que só havia alguns palavrões, dentro do que poderia ser impróprio para a idade dele. Mas palavrões tão bem colocados, muito menos agressivos do que alguns desenhos da TV. Queria que ele visse um espetáculo de teatro, um bom espetáculo, para ver a reação dele, para apresentar a ele esse universo cheio de possibilidades. E, posso dizer, que me surpreendeu. Ele ficou atento o tempo todo, riu, ficou tenso, levou susto, enfim, interagiu como deve ser, sem se cansar, sem dormir. Fiquei feliz, Felipe também. Acho que foi uma boa estréia, espero que tenha alguma importância na vida dele, possa ajudá-lo a abrir os horizontes. É bom as crianças irem se acostumando com o mundo da arte, tendo contato com novas experiênicas para, depois, decidirem o que fazer das suas próprias vidas...

Um abraço e até,
Maria
PS: Quem ainda não viu, vá, "Pequenos Milagres" é um grande espetáculo e o Grupo Galpão uma grande companhia de teatro.

14.8.07

Correndo...

Correndo, como sempre... E divertindo também, porque a vida é uma grande diversão, não?

E o Grupo Galpão está com o espetáculo "Pequenos Milagres" em São Paulo. Sempre vale à pena assistir ao Galpão.

Um abraço e até!
Maria

5.8.07

Fã-Clube Änïmä Minas

Fiquei muito feliz hoje ao saber da criação do Fã-Clube do grupo Änïmä Minas (http://faclubeanimaminas.blogspot.com/)! Muito legal ver o grupo conquistando fãs, ouvintes, pessoas dispostas a curtir um bom som... Quem tiver orkut (eu não tenho) também pode conferir a comunidade Anima Minas (sem trema mesmo)... Todo sucesso aos integrantes e estamos esperando shows, álbuns e muitas notas musicais...

Parabéns ao Änïmä Minas e até!
Maria Dolores

3.8.07

Fim de semana

Mais um fim de semana... Amanhã tem churrasco, trabalho e descanso. Estou preparando um texto sobre o Milton Nascimento para uma revista muito legal... Será ótimo. Só não posso dizer ainda qual revista. E o site oficial dele está quase pronto. Para os fãs do Milton e da música brasileira, jazz e todo esse universo... O site é muito completo, com áudio, vídeos, arquivos, obra e muito mais. Uma verdadeira enciclopédia sobre o artista. Valeu à pena esperar.

Sobre o romance: estou feliz porque fechei mais um personagem, eu ainda estava na dúvida sobre ele, mas consegui definir melhor o seu perfil, claro, baseado em histórias e personagens da vida real... Efeitos do caderninho Moleskine e da lapiseira...

E tem show da Ana Carolina em SP, até terça-feira. Eu e Felipe vamos conferir...

No mais, um abraço e até!

Maria

31.7.07

Frio, peixe e mortadela

Hoje fui às 5:30 no Mercado Municipal de São Paulo, acompanhar o sushiman Jun Sakamoto enquanto ele comprava peixe para o seu restaurante. Vida dura de jornalista... Estava muito frio, entortei inacreditavelmente a chave do meu carro, ao trancá-lo, e agora estou morta de sono. Mas foi um programa divertido, diferente. Depois da peixaria, andei um pouco pelo Mercado, com metade dos boxes fechados, tomei um pingado, comi meio sanduíche de mortadela no Bar do Mané e comprei dois vidros de pimenta... Voltei para casa com o dia amanhecendo...

Ah, viu Marco Elízeo, atualizei a tempo...

Até!
Maria Dolores

25.7.07

Agora sim, mais Änïmä Minas no Altas Horas

Sábado agora, dia 28 de julho, finalmente será exibido o número musical San Vicente, com Milton Nascimento e o grupo Änïmä Minas no programa Altas Horas, da TV Globo, que vai ao ar depois do Super Cine. Vale à pena assistí-lo, pois foi uma linda apresentação...

Até!
Maria

24.7.07

O caderninho e a lapiseira

Cheguei em casa e, como sempre, fui olhar a correspondência, em cima da mesa. Gosto de verificar uma por uma, há sempre a chance se haver uma boa surpresa entre contas e propagandas. E havia... Um envelope branco, grampeado, que dizia: "para Maria". Dentro, duas lapiseiras Sharpwriter amarelas, da Paper Mate, e um caderninho Moleskine, preto, tamanho tradicional, com o elástico próprio para proteger segredos. O equipamento necessário para guardar idéias e transformá-las em livro, ou obra de arte, o mesmo sado por Hemingway, Picasso, Van Gogh, Matisse... Já preenchi as primeiras linhas, com o episódio das freiras. Espero fazer bom uso deste lindo presente. Obrigada Thomaz.

Maria

Besouro Cordão de Ouro

No começo desse ano assisti ao musical "Besouro Cordão de Ouro", no Rio. Muito linda, uma experiência diferente, um cenário fantástico. E não é que a produção recebeu três indicações para o Prêmio Shell de Teatro? Melhor direção, melhor cenário e melhor música. Parabéns aos produtores, Júlia, Laura, Marta e Pablo Sanábio!

Um abraço e até,

Maria Dolores

Pan Pan Pan...

Confesso sem nenhuma vergonha: sou Maria-vai-com-as-outras... Deixo-me influenciar pela massa, contagiar-me pelo ambiente, pelo menos em relação ao esporte. Na maior parte do tempo tenho verdadeira preguiça de assistir a jogos de futebol, vôlei, basquete, natação e até mesmo a competições da belíssima ginástica artística, que um dia me fez sonhar em dar piruetas pelo mundo... Não sei quem são os atletas nem quais os campeonatos. Entretanto, basta começar um grande evento, desses que nos fazem esquecer das mazelas da vida, dos impostos, da violência e de tudo o que esperam que esqueçamos, para eu me transformar na maior fã do esporte.

Sinto como se a minha participação, mesmo que pela TV, fosse indispensável para apoiar nossos atletas, e que somos todos um só povo, um só coração, brasileiros, afinal. Parece brega - e nada inteligente - me curvar ao clamor da nação, pintar meu coração de verde e amarelo, impregnar minha alma de patriotismo e torcer pelo meu país. Mas, fazer o quê? Eu me sinto assim, me emociono ao ouvir o Hino Nacional quando subimos ao pódio, e meu orgulho de ser brasileira, que já é imenso, transborda por todos os lados.

Foi com esse sentimento que coloquei o despertador para às 6 horas de vários dias de 2004, para assistir provas e partidas da Olimpíada de Atenas. E foi contagiada por amor à pátria que acompanhei todos os jogos da Copa do Mundo de Futebol, ano passado, apesar do fracasso do Brasil. Fiquei tão fanática que quase não consegui trabalhar, porque não queria perder os jogos. Tornei-me telespectadora número um de um programa de mesa redonda de futebol, diário, às 9 da noite. Tanto que, ainda quando perdi o sinal do canal da TV à cabo, continuei a ouvir o programa na telinha, porque não pegava imagem, mas pegava o som. Minha mãe esteve na minha casa alguns dias e não acreditou ao me ver ouvindo uma mesa redonda na televisão, com a imagem toda preta. Pior: não entendeu quando a convidei toda animada para ouvir comigo!

Acabou-se a Copa, lá se foi meu interesse, retomado agora com os jogos Panamericanos. Passei o último sábado inteiro e quase todo o domingo assistindo aos jogos, em quatro canais da TV paga, com o coração empolgado, batendo forte. Na segunda-feira, levei o computador para a sala e trabalhei enquanto via as competições, e torcia. Na terça, a mesma coisa. Até que, às 19:45 um avião da TAM, com 186 pessoas à bordo, derrapou na pista do aeroporto de Congonhas, aqui em São Paulo, e bateu em um prédio. Todos morreram, e a euforia pelo Pan deu lugar a um aperto no coração, um sentimento de compaixão de dimensões tão continentais quanto o amor à pátria, um pesar enorme por todas as mães que perderam seus filhos no acidente. Por todos os pais, parentes, amigos. E por todos os filhos, que não puderam dizer adeus a seus pais.

Um pesar sincero pela dor alheia, dolorido também, por imaginar a imensidão de cada perda. Uma dor por tantos cursos interrompidos, e um medo pela certeza da fragilidade humana e a força do destino. Agradecendo, ao mesmo tempo, por não estar naquele vôo nem ter algum ente querido embarcado nele. Enfim, a vida continua. Hoje, quarta-feira, desanimei um pouco de ver o Pan, e troquei minha passagem de avião por uma de ônibus. Semana que vem vou ao Rio. Melhor ir por terra, mais perto do chão.

Um abraço e até!
Maria Dolores

Texto publicado no Correio Trespontano em 21/07/2007

16.7.07

Parabéns Felipe

Hoje é aniversário do Felipe, e semana passada fizemos 4 anos de casados, pouco tempo comparado aos 13 desde o começo do namoro... Mas, enfim, parabéns a ele pelo aniversário e por me aguentar tanto tempo.

Lembrando que ele toca no próximo fim de semana em Três Pontas, na Buxarela e no Posto, só não sei em qual dia será em cada lugar.

Um abraço a todos e até!
Maria

12.7.07

Romance, uma verdadeira novela

Não estou encontrando tempo nesse último mês para me dedicar ao meu romance... E isso me dá um aperto no coração... Também estou sem tempo para caminhar, praticar esporte, comer direito e dormir bem. Para sair? Só em Três Pontas, onde o tempo parece dar uma esticadinha...
Gostaria de trabalhar menos, me divertir mais, descansar mais e ganhar mais ainda!
Acho que se organizar melhor o próprio tempo consigo alguma dessas coisas, pelo menos.

Outra coisa: ano quem comemora-se o centenário da imigração japonesa no Brasil... Ao que tudo indica, 2008 será um ano cheio de eventos que celebrem a relação Japão/Brasil!

Até!
Maria

11.7.07

Alteração Altas Horas

O número musical do Änïmä Minas que iria ao ar no programa Altas Horas (Serginho Groisman) nesse sábado foi transferido para dia 28 de julho. A música será "San Vicente"e vale à pena ficar acordado para assistir...

Até!
Maria

8.7.07

Viagem e Turismo

Para quem ainda não sabe o que fazer em julho, talvez o Nordeste seja uma boa. Na matéria "Modinha Nordestina" eu faço o trajeo de Recife a Maceió, com direito a um delicioso encontro com Ariano Suassuna...

Até!Maria Dolores

Mais Änïmä Minas no Altas Horas

Quando eu estava pesquisando a vida do Milton Nascimento para escrever a biografia, descobri várias histórias de bandas que se formaram quase “por acaso”, ou melhor, sem a intenção de constituir um grupo para fazer carreira. Músicos que se reuniram por algum motivo e, quando perceberam, haviam se tornado uma banda. Ao ver o Änïmä Minas, lembro dessas histórias.

Primeiro, o convite do Milton para quase trinta músicos, a maioria de Três Pontas, gravarem com ele a faixa “Paciência”, para o DVD Pietá. Depois, nos lançamentos do livro “Travessia”, eu e o Felipe tivemos a idéia de ter uma apresentação musical, para animar um pouco mais os eventos e prestar uma homenagem ao biografado. De um conjunto de quatro músicos, resolvemos convidar 12. Foi uma correria só. Conseguir patrocínio - afinal era muita gente - ensaiar, montar o repertório, alugar som e, por último, poucos dias antes do primeiro lançamento, a questão: precisavam de um nome para imprimir nos convites. Surgiu então o Änïmä Minas. Änïmä do título de um álbum do Milton Nascimento. Änïmä de alma, alma das Minas Gerais.

Foram quatro lançamentos e o primeiro, em Belo Horizonte, surpreendeu tanto os presentes que o estreante Änïmä Minas recebeu dois convites, ali mesmo: se apresentar com o próprio Milton em dois shows no Canecão, no Rio de Janeiro, e participar de um show comemorativo do Clube da Esquina, na capital mineira, organizado por Toninho Horta. E quando a vida voltou ao normal e tudo parecia ter sido apenas uma aventura, outro convite: tocar e cantar com o Milton (outra vez o Milton...) no programa Altas Horas especial de aniversário do Serginho Groisman. Com feras como Erasmo Carlos, Lulu Santos, Jota Quest, Daniela Mercury e Nasi, do Ira. Se ainda restava alguma dúvida sobre o potencial do Änïmä Minas, mesmo para cada um deles, o programa veio dizer, com todas as letras: ei, vocês tem talento, aproveitem a oportunidade. Agora, basta saber aproveitar, mas isso é outra história.

O fato é que foi muito legal. Mesmo as 13 horas e 40 minutos passadas na Globo de São Paulo sem fazer quase absolutamente nada, esperando a hora de passar o som, na quinta-feira, dia 28 de junho. E, quando todo mundo começava a ficar meio irritado, a produção nos mandava comer... Isso mesmo, como disse o David Castro, um dos integrantes: “Pelo menos ficamos muito bem alimentados”. Digo isso, porque eu fui ajudando na produção, e adorei essa tarefa. Transitando livremente pelos corredores da Globo, passando as instruções para os músicos, negociando com a produtora e o diretor do programa, organizando figurino, encaminhando os rapazes para a maquiagem! Foi muito divertido, embora cansativo. O Felipe Duarte também ficou exausto, porque foi ele quem, bravamente, tomou a frente para organizar os ensaios e resolver a parte técnica da banda, com a ajuda importantíssima do Marco Elizeo e André Duarte. Sem os três, a apresentação não teria acontecido.

Na quinta, o chá de cadeira teve, pelo menos, a vantagem dos meninos ficarem familiarizados com o estúdio e de assistirem o belo ensaio do Erasmo Carlos com a Daniela Mercury, depois com o Milton Nascimento. Ao fim da noite, foi a conta de passarem as músicas com o Milton e tiveram que interromper a passagem de som, porque o horário da equipe técnica havia vencido. Fomos para uma churrascaria comer rodízio, tudo pago pela Globo, claro. No dia seguinte, às 10 da manhã, todos de novo no estúdio do programa, para, finalmente, passar o som, em apenas uma hora.

Mas, no final, deu tudo certo, e foi lindo. Em San Vicente (que vai ser exibida no Altas Horas do dia 14 de julho), Daniela Mercury ficou tão emocionada que teve que sair do palco para chorar. Foi mesmo emocionante. Estavam ali também, o ator Dan Stulbach e as atrizes Flávia Alessandra, Ingrid Guimarães, Mel Lisboa, Guilhermina Guinle e Marjorie Estiano. O apresentador Serginho Groisman adorou o programa e a escolha dos convidados. Como ele próprio disse ao Änïmä Minas, foi uma bela estréia na TV. Espero que a primeira de muitas. Parabéns aos integrantes e todo sucesso do mundo!

* Estiveram no Änïmä Minas no Altas Horas, os músicos: Felipe Duarte, Marco Elizeo, André Duarte, João Victor, Fernando Marchetti, Ismael Júnior, David Castro, Ademir Xavier, Heitor Branquinho, Hugo Branquinho, Paulo Loures, Bruno Morais, Clayton Prósperi, Adriano Kamizaki e Paulo Francisco (Tutuca).

(Texto publicado no Correio Trespontano, dia 07/07/2007)

Até!
Maria

3.7.07

Änïmä Minas no Altas Horas

Estou corridíssima agora... Mas não podia deixar de dizer que foi muito legal a estréia do Änïmä Minas na TV, no programa do Serginho Groisman, Altas Horas (minha estréia na TV também como produtora acidental, afinal acabei assumindo a produção do Änïmä desde o dia em que inventamos a moda de ter shows nos lançamentos do meu livro. Falando nisso, já estou pensando em como vou conseguir fazer shows nos lançamentos do meu romance, porque adorei essa história de livro e música. Parece muito pouco só um autor assinando livros, algo meio sem graça. O bom é a festa!)...

Adicionei três vídeos do You Tube no canto direito do blog. Para quem não viu!

Foi tudo muito lindo e, de quebra, até eu ganhei propaganda para a biografia, feita pelo Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest... Depois conto tudo! Agora vou correndo para a Abril, pôr o trabalho em dia...

Até mais! Maria Dolores

A Ratoeira

Estréia em SP, quinta agora, dia 6 de julho, a peça "A Ratoeira", texto clássico de Agatha Cristhie. Além dos veteranos Débora Duarte e Tonico Pereira, estão na montagem atores da nova geração, como o mineiro Pablo Sanábio...

Eu e Felipe vamos, na quinta mesmo!!!

Quem puder, vá assistir. O espetáculo ficará em cartaz no Teatro Frei Caneca.

Até mais!
Maria Dolores

26.6.07

Shows de Lô Borges eWagner Tiso

Como parte das comemorações dos 150 de Três Pontas haverá um show de Lô Borges e convidados no dia 29, sexta-feira, no Centro Cultural Milton Nascimento. O show está com os ingressos esgotados e é faz parte do projeto Museu Vivo Clube da Esquina.

No dia seguinte, 30 de junho, sábado. o trespontano Wagner Tiso se apresenta ao ar livre, num palco montado em frente ao Conservatório Municipal Heitor Villa-Lobos.

Depois, tem show de Tutuca e banda, e Ian e Gabriel Guedes, no Bar Automóvel Clube, mais conhecido como Posto.

E mais uma novidade... Nessa sexta, o grupo Änïmä Minas, também de trespontanos, entre eles meu marido Felipe Duarte, grava participação em um famoso programa de TV, que vai ao ar no sábado... Na sexta dou mais detalhes sobre isso.. Mas vai ser lindo, os ensaios ficaram maravilhosos...

Enfim, por enquanto, é isso!

Maria Dolores

Mais um texto no Correio Trespontano

A bola de 25 anos

Ando um pouco nostálgica. Para falar a verdade, sou nostálgica desde sempre, provavelmente desde o dia em que tive consciência de que o que passou não volta mais. Mas, tanta nostalgia não chega a ser um problema. Só que, volta e meia, me surpreendo suspirando, lembrando com saudade de algo que se passou, mesmo que tenha sido ontem, ou há duas horas. A música, o cheiro e a temperatura – isso mesmo, a sensação do ar na pele - são as chaves fortes capazes de me arrancar do presente e, num instante, me transportar para outro tempo. Às vezes isso é tão intenso e imperceptível que me abstraio do que realmente estou fazendo, e as conseqüências são um pouco desastrosas, de trabalhos perdidos a batidas de carro. Mas, enfim...
Outro gatilho para disparar esse sentimento em mim são alguns objetos, poucos, que me acompanham. Não tive uma mamadeira ou chupeta especial, nem naninha, como certas crianças têm, que nada mais são que panos encardidos arrastados a ferro e fogo por onde vão. Não guardei bonecas e não sei onde está meu primeiro cacho de cabelo ou meus dentes de leite. Mas guardo com carinho uma lembrança palpável da minha infância e que agora, orgulhosamente, completa 25 anos: uma bola.
Ganhei quando eu fiz quatro anos, do meu pai, durante umas férias, fim de semana ou feriado com ele em Belo Horizonte, já não sei. Mas lembro bem do acontecido, estava na casa da minha vó, perto da praça do Papa, e eu queria muito a bola da Moranguinho. Ganhei o presente, que estourou rápido e, então, de surpresa, meu pai me deu uma bola dente de leite, cor de rosa choque, com pequeninhas estrelas coloridas, meio fosforescentes. Confesso que era um rosa vivo, e que a bola apresentava alto poder de impulsão ao cair no chão. Hoje, passado um quarto de século, o rosa está mais para marrom e ela mal pica quando cai. A seu favor, no entanto, tem o fato de estar inteira, intacta, e não estar murcha, após milhares de chutes e outros dissabores ao longo da sua existência.
Não me perguntem como é que ainda não estourou. Não foi por falta de uso, porque eu brinquei com ela, com a força desmedida e o descuidado característicos da primeira infância. Depois, na adolescência, já consciente de ser um fato quase único ter uma bola com tamanha durabilidade, passei a deixá-la em cima da estante, como um enfeite precioso, um troféu da minha saborosa meninice que não queria – nem quero – perder. Mas, antes de sair da adolescência e entrar gloriosa, madura, responsável e independente na vida adulta, vieram minha irmã e meu filho, tiraram a bola da estante e lhe devolveram sua verdadeira função. Vigiei as brincadeiras como pude. Que não chutassem com força, que não jogassem no telhado, que não a atirassem no jardim. Um diálogo inútil, como quase todos quando tentamos privar as crianças do que não precisa ser privado.
O fato é que os dois cresceram, perderam interesse pela bola e eu, cada vez mais sem acreditar como poderia durar tanto tempo, decidi guardá-la no fundo escuro de um armário, na tentativa de protegê-la dos perigos da vida. E, assim, completou 25 anos. Mas envelheceu mais nos dois últimos, desde que a fechei no armário, do que nos outros vinte e três. Anda com a cor desmaiada, abatida. As estrelas perderam quase todo o brilho e talvez não dure muito mais. Por isso, acho que vou resgatá-la da proteção escura e dar a ela, ainda uma vez, o gosto de viver a sua plenitude de bola, com os riscos próprios e necessários. Talvez assim ela recobre as energias e sobreviva a outros 25 anos, caminhando comigo, ou, quem sabe, até mais que eu.

14.6.07

Novos textos

Mais um texto na Piauí, sob o título de "Limbo Cirúrgico":
http://www.revistapiaui.com.br/artigo.aspx?id=82

Quem puder ler, muito bom o último texto "A última ceia". Vale uma boa lida...

Inté!
Maria Dolores

11.6.07

De volta à terrinha, e ao seu jornal

Voltei a escrever no "Correio Trespontanto". A primeira de muitas crônicas, espero, foi esse texto, abaixo:

Crônica de uma vida anunciada

Em 1999 eu escrevi um texto sobre a privatização da Vale do Rio Doce e o Correio Trespontano publicou. Foi o primeiro de uma série de crônicas publicadas e de uma parceria muito querida com esse jornal que sempre abriu suas portas para novas idéias, minhas e de tantos outros. Foram quatro anos de crônicas semanais, depois quinzenais, esporádicas, até o trabalho diário tomar todo o meu tempo e as delícias do dia a dia deixarem de ocupar o primeiro plano das minhas atenções.Outros quase quatro anos se passaram sem escrever crônicas, quatro anos de histórias perdidas na memória cada vez mais frágil, sentimentos jogados fora ou enterrados no canto mais secreto da alma, de onde talvez só daqui outros tantos anos eu os consiga resgatar, quem sabe na velhice, se a vida me permitir a graça e a virtude de chegar ao tempo da sabedoria e da serenidade. Tantas vezes nesse tempo não escrito, vi e passei por coisas lindas, tristes, divertidas, emocionantes, acontecimentos e detalhes que se perderam como se perdem a maioria, porque não passam sequer para as lembranças da próxima manhã. Esquecemo-nos delas no instante seguinte, como teria esquecido, se não tivesse anotado num bloco de rascunhos, aquele fim de tarde no congestionamento sobre um viaduto no centro de São Paulo, resgatado do marasmo pela Ave Maria de Gounod que ecoou da torre de uma Igreja e me fez perceber que eram seis horas da tarde, e me sentir feliz porque não só nas cidades pequenas a hora do ângelus, da Nossa Senhora, é celebrada. Existe calor mesmo onde não se espera, sim. Quantas histórias se desmancharam no ar, no esquecimento, por não ter dado a elas a devida atenção. E o mais triste e percebido a tempo, espero, é que, enquanto me ocupava com assuntos sérios de trabalho e deixava as crônicas para o dia seguinte, também deixava de prestar atenção à beleza do mundo à minha volta, aos detalhes que dão a cor da vida, enfiada cada vez mais diante na tela do computador. Uma existência virtual e incompreensível. Divertindo-me sempre, mas em festas, eventos, sem dar o devido valor ao dia a dia. Não só deixei de espiar esses pequenos sabores, como também deixei de experimentá-los, deixando sempre para o dia seguinte. Deixando a caminhada e a natação para o tempo livre que nunca vem, e agora luto contra dores fora de época em todos os pontos do corpo. Deixando a arrumação nos armários da casa para aquele feriado prolongado e tranqüilo, que nunca acontece. Deixando as visitas, as horas de histórias com o pequeno, os passeios com o amado, as tardes tranqüilas, os livros na estante, os personagens do romance. Tudo para o dia seguinte, que é a data mais distante que pode haver no mundo. O dia seguinte é aquele que nunca chega. Por isso eu parei agora, às 10:42 da manhã dessa segunda-feira, dia 4 de junho. Parei de escrever um trabalho urgente para fazer esse texto, para tentar retomar, de alguma maneira, as crônicas e a vida. Porque não adianta conseguir bons trabalhos, conquistar dinheiro e sucesso - não que eu os tenha conquistado – e simplesmente não ter tempo, disposição e saúde para aproveitar o que realmente a vida tem de bom a nos oferecer: as pessoas e os momentos. Não só os momentos ditos especiais, mas principalmente os de cada manhã, cada tarde e cada noite.Das pessoas nem é preciso falar... O que seríamos sem elas? E um momento bem vivido é uma lembrança que vale pela viagem dos sonhos, pelo carro do ano, pela casa de campo, por todas as roupas da moda, é a maior herança que alguém pode carregar consigo, e deixar com os outros. Os momentos são únicos, nenhum, nunca, jamais é igual ao outro. São os momentos que fazem a história e é a história de cada um que dá sentido à vida. Qual a graça de uma vida cheia de bens, status e conforto, mas poucas histórias? Para mim, nenhuma. Por isso escrevo aqui essa crônica, na tentativa de retomar as crônicas do jornal e do meu percurso, para não perder a beleza insuperável que existe em um dia após o outro, um minuto após o outro, e encher de palavras e cores as páginas que ficaram em branco da minha própria história.

Maria Dolores

6.6.07

Piauí e Cidinha

A revista Piauí de junho chegou nas bancas no sábado, dia 2. Tenho um texto nela, na seção Esquina, chamado "Limbo cirúrgico" pelo qual tenho muito carinho e que me fez retomar o gosto pelo cotidiano. Em vez de sair procurando desesperadamente histórias, apenas abrir os olhos, prestar a atenção ao redor, ao lado, porque as histórias estão aí, elas vem todos os dias ao nosso encontro. Resta apenas estarmos abertos para elas, e para a vida... Indo levar e buscar minha tia por uma semana na ala de pré-operatório de cirurgia cardíaca da Beneficência Portuguesa, pelo SUS, descobri um universo riquíssimo, uma história saborosa, quente, sofrida, cheia de... vida... Fiz o texto para a Piauí, e muito feliz porque meu tio operou, está bem e ficou feliz em sair na revista! Feliz porque essa semana, no meio de uma reunião rotineira de trabalho, encontrei outra história, ela bateu na minha porta. Na verdade sempre esteve ali, eu é que nunca a tinha percebido. E estou escrevendo mais um texto para Piauí... E no embalo da redescoberta do dia a dia, retomei as crônicas para meu querido jornal Correio Trespontano! Ai que saudade da minha terra...
E para fechar meu dia feliz, li um texto lindo, saboroso e carinhoso sobre meu livro, no Blog da Cidinha. Ela escreve muito bem e eu já tinha visto os textos dela, depois que li no Blog do Marcelino Freire sobre ela. Me senti muito recompensada ao ler o post, porque afinal, todo o meu trabalho com a biografia do Milton não foi em vão... Umá história linda, mas que só valeria à pena se tivesse leitores... E está tendo, e que leitores!

Bom, é isso, hoje estou assim, feliz, escrevendo por escrever, sem pensar na forma, sem reler, sem revisar, apenas fluindo.
Queria ser mais assim...

Inté!
Maria Dolores

22.5.07

Palestra em Varginha

Nesta quinta-feira, dia 24 de maio, participo da Semana Acadêmica e Cultura de Varginha, no encontro com os alungos de jornalismo e publicidade do Unis, falando sobre o tema: Do TCC à biografia de Milton Nascimento... Vai ser muito legal, eu estudei Direito em Varginha por um ano e o clima lá entre os estudantes universitários é muito bom!Até!Maria Dolores

8.5.07

Olá.....